Justiça alemã aceita causa contra RWE por mudanças climáticas
ROMA, 02 DEZ (ANSA) - A Justiça da Alemanha considerou admissível a ação de um agricultor peruano contra a multinacional de energia e gás natural RWE pelas mudanças climáticas que afetam os Andes.
Luciano Lliuya pede para a empresa alemã pagar US$ 20 mil para construir um sistema de proteção contra enchentes em Huaraz, cidade de 130 mil habitantes que está ameaçada pelo aumento do nível de um lago por causa do derretimento de glaciares. Além disso, quer um ressarcimento de US$ 6.384 pelas obras que já fez por conta própria.
Segundo Lliuya, a RWE, que explora água e gás na região, é corresponsável por 0,5% das emissões de dióxido de carbono do mundo, número baseado em um estudo da base de dados britânica Carbon Market Data.
O Tribunal de Apelação de Hamm, no noroeste da Alemanha, decidiu verificar por meio de peritos se as afirmações do peruano estão corretas e se a contribuição do acusado para a "cadeia de eventos descrita é mensurável e calculável". "Mesmo quem age de acordo com a lei deve ser considerado responsável pelos danos que causa à propriedade", estabeleceu a corte.
Anteriormente, em primeira instância, o Tribunal de Essen, onde fica a sede da multinacional, havia julgado o processo infundado, mas o peruano recorreu e conseguiu a admissibilidade de sua ação.
A RWE diz que não entende porque foi escolhida para ser processada e alega que faz esforços para reduzir as emissões em suas operações. Lliuya, 37 anos, é auxiliado pela ONG ambientalista alemã Germanwatch e participou, em novembro, da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2017, a COP23, realizada em Bonn, na Alemanha. "Esse é um grande sucesso não apenas para mim, mas para o povo de Huaraz e de todos os lugares do mundo ameaçados pelo risco climático", comentou o peruano após a decisão do Tribunal de Hamm. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Luciano Lliuya pede para a empresa alemã pagar US$ 20 mil para construir um sistema de proteção contra enchentes em Huaraz, cidade de 130 mil habitantes que está ameaçada pelo aumento do nível de um lago por causa do derretimento de glaciares. Além disso, quer um ressarcimento de US$ 6.384 pelas obras que já fez por conta própria.
Segundo Lliuya, a RWE, que explora água e gás na região, é corresponsável por 0,5% das emissões de dióxido de carbono do mundo, número baseado em um estudo da base de dados britânica Carbon Market Data.
O Tribunal de Apelação de Hamm, no noroeste da Alemanha, decidiu verificar por meio de peritos se as afirmações do peruano estão corretas e se a contribuição do acusado para a "cadeia de eventos descrita é mensurável e calculável". "Mesmo quem age de acordo com a lei deve ser considerado responsável pelos danos que causa à propriedade", estabeleceu a corte.
Anteriormente, em primeira instância, o Tribunal de Essen, onde fica a sede da multinacional, havia julgado o processo infundado, mas o peruano recorreu e conseguiu a admissibilidade de sua ação.
A RWE diz que não entende porque foi escolhida para ser processada e alega que faz esforços para reduzir as emissões em suas operações. Lliuya, 37 anos, é auxiliado pela ONG ambientalista alemã Germanwatch e participou, em novembro, da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2017, a COP23, realizada em Bonn, na Alemanha. "Esse é um grande sucesso não apenas para mim, mas para o povo de Huaraz e de todos os lugares do mundo ameaçados pelo risco climático", comentou o peruano após a decisão do Tribunal de Hamm. (ANSA)
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