Líder do Senado da Itália desponta como candidato a premier
ROMA, 03 DEZ (ANSA) - Após ter rompido com o Partido Democrático (PD), do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, o presidente do Senado da Itália, Pietro Grasso, 72 anos, desponta como possível candidato a chefe de governo nas eleições legislativas previstas para março de 2018.
Segundo na hierarquia do Estado desde 2013 e ex-procurador nacional antimáfia, Grasso participou neste domingo (3), em Roma, de uma assembleia de forças de esquerda dissidentes do PD, que se unirão para disputar o pleito do ano que vem, e foi saudado como líder pelos 1,5 mil participantes da reunião.
O encontro foi organizado pelas legendas Movimento Democrático e Progressista (MDP), Esquerda Italiana (EI) e Possível, todas elas formadas por políticos que deixaram o Partido Democrático, de centro-esquerda, por causa de divergências com o estilo personalista e agressivo de Renzi.
O ex-primeiro-ministro até chegou a negociar uma aliança para unir todos os grupos de esquerda nas eleições de 2018, mas as tratativas fracassaram logo no início. "Escolhi ótimos companheiros de viagem, mas tantos outros chegarão. Nosso projeto é aberto e acolhedor, construiremos uma nova aliança entre cidadania ativa, sindicatos e forças intermediárias", afirmou Grasso, que rompeu com o PD em outubro passado.
O presidente do Senado integrava as filas do partido desde 2013, mas decidiu abandonar a legenda por discordar da reforma eleitoral patrocinada por Renzi e da utilização do "voto de confiança" na tramitação do projeto. Esse instrumento impede a apresentação de emendas e, em última instância, restringe o debate parlamentar.
A união da esquerda sob o comando de Grasso pode arrancar votos do PD no ano que vem, em uma disputa que desde já se configura bastante acirrada com a centro-direita de Silvio Berlusconi (Força Itália) e Matteo Salvini (Liga Norte) e o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
"Não se deixem desencorajar por quem fala em riscos para o sistema, favor ao populismo, voto útil. O único voto útil é de quem constrói esperanças levando ao Parlamento as necessidades e pedidos da metade da Itália que não vota. Esse é o voto útil", acrescentou o presidente do Senado, já se antecipando ao discurso que deve ser adotado pelo PD daqui para frente.
A nova aliança foi batizada de "Livres e Iguais" e deve se aproveitar da imagem de estadista e homem das instituições cultivada por Grasso para desafiar o Partido Democrático na luta pela hegemonia no campo progressista.
Faltando cerca de três meses para as eleições, o quadro segue bastante indefinido, já que as alianças ainda estão sendo costuradas. Não se sabe, por exemplo, se a centro-direita concorrerá de forma unida nem quais partidos estarão ao lado do PD e de Renzi.
De qualquer maneira, o ex-primeiro-ministro já é candidato certo a voltar ao Palácio Chigi, e seus principais adversários, até o momento, são o vice-presidente da Câmara Luigi Di Maio, do M5S, e Salvini, da Liga Norte, além de Grasso. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo na hierarquia do Estado desde 2013 e ex-procurador nacional antimáfia, Grasso participou neste domingo (3), em Roma, de uma assembleia de forças de esquerda dissidentes do PD, que se unirão para disputar o pleito do ano que vem, e foi saudado como líder pelos 1,5 mil participantes da reunião.
O encontro foi organizado pelas legendas Movimento Democrático e Progressista (MDP), Esquerda Italiana (EI) e Possível, todas elas formadas por políticos que deixaram o Partido Democrático, de centro-esquerda, por causa de divergências com o estilo personalista e agressivo de Renzi.
O ex-primeiro-ministro até chegou a negociar uma aliança para unir todos os grupos de esquerda nas eleições de 2018, mas as tratativas fracassaram logo no início. "Escolhi ótimos companheiros de viagem, mas tantos outros chegarão. Nosso projeto é aberto e acolhedor, construiremos uma nova aliança entre cidadania ativa, sindicatos e forças intermediárias", afirmou Grasso, que rompeu com o PD em outubro passado.
O presidente do Senado integrava as filas do partido desde 2013, mas decidiu abandonar a legenda por discordar da reforma eleitoral patrocinada por Renzi e da utilização do "voto de confiança" na tramitação do projeto. Esse instrumento impede a apresentação de emendas e, em última instância, restringe o debate parlamentar.
A união da esquerda sob o comando de Grasso pode arrancar votos do PD no ano que vem, em uma disputa que desde já se configura bastante acirrada com a centro-direita de Silvio Berlusconi (Força Itália) e Matteo Salvini (Liga Norte) e o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S).
"Não se deixem desencorajar por quem fala em riscos para o sistema, favor ao populismo, voto útil. O único voto útil é de quem constrói esperanças levando ao Parlamento as necessidades e pedidos da metade da Itália que não vota. Esse é o voto útil", acrescentou o presidente do Senado, já se antecipando ao discurso que deve ser adotado pelo PD daqui para frente.
A nova aliança foi batizada de "Livres e Iguais" e deve se aproveitar da imagem de estadista e homem das instituições cultivada por Grasso para desafiar o Partido Democrático na luta pela hegemonia no campo progressista.
Faltando cerca de três meses para as eleições, o quadro segue bastante indefinido, já que as alianças ainda estão sendo costuradas. Não se sabe, por exemplo, se a centro-direita concorrerá de forma unida nem quais partidos estarão ao lado do PD e de Renzi.
De qualquer maneira, o ex-primeiro-ministro já é candidato certo a voltar ao Palácio Chigi, e seus principais adversários, até o momento, são o vice-presidente da Câmara Luigi Di Maio, do M5S, e Salvini, da Liga Norte, além de Grasso. (ANSA)
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