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Maestro suíço Charles Dutoit é acusado de assédio sexual

22/12/2017 11h31

SÃO FRANCISCO, 22 DEZ (ANSA) - Quatro mulheres acusaram o maestro suíço Charles Dutoit, de 81 anos, de assédio sexual, em mais um caso que atinge o mundo da arte. As acusações vieram de três cantoras líricas e uma instrumentista, as quais relataram ter sido vítimas de assédio sexual e comportamentos inadequados entre 1985 e 2010, em várias zonas dos Estados Unidos, como Los Angeles, Minneapolis, Filadélfia e Nova York.   


Logo após a divulgação das histórias, seis orquestras cortaram relações com o músico. Dutoit não fará mais performances em Boston, São Francisco, Nova York, Cleveland, Chicago e Sydney. Os crimes teriam acontecido dentro de carros, em quartos de hotel, vestiários, elevador e nos bastidores da Orquestra Filarmônica Real de Londres, da qual Dutoit é o atual condutor. "Ele me jogou na parede, empurrou minhas mãos para dentro das calças dele e colocou a língua dentro da minha boca", reportou a meio-soprano Paula Rasmussen, ao lembrar de incidente que se passou no vestiário da Ópera de Los Angeles (LA Opera), em setembro de 1991. A soprano Sylvia McNair, ganhadora de dois Grammys, denunciou um caso ocorrido em 1985, na Orquestra de Minnesota. Dutoit teria pressionado seu corpo ao de McNair dentro de um elevador. Já uma instrumentista de 24 anos, da Orquestra Civic de Chicago, alegou que o regente empurrou seu corpo contra o dela, além de forçar um beijo. A outra vítima, uma soprano da pela Orquestra de Filadélfia, disse que o condutor solicitou uma reunião no vestiário, pressionou seu corpo contra o dela, prendeu seus pulsos e apalpou seus seios. "Não há nada de errado em ser músico", declarou a última vítima.   


"Mas ele atuava como um predador fora dos palcos." O maestro não respondeu às acusações. A Orquestra Filarmônica Real de Londres disse que Dutoit estava de férias constantemente.   


Dutoit é formado na Orquestra de Filadélfia e é condutor emérito da Orquestra Sinfônica NHK em Tóquio. Além disso, já ganhou Grammy e dirigiu orquestras de Paris e Montreal.   


Esse não é o primeiro caso de regente de orquestra envolvido em assédio. Em dezembro, o condutor da Opera Metropolitana de Nova York, James Levine, foi suspenso devido à acusações de assédio sexual. (ANSA)
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