Presidente da Itália deve dissolver Parlamento em 28/12
ROMA, 26 DEZ (ANSA) - Com a aprovação definitiva da Lei Orçamentária para 2018, no último fim de semana, a Itália vive os últimos dias antes do início oficial de uma campanha eleitoral que se desenha bastante acirrada.
No Parlamento do país, dá-se como certo que o presidente italiano, Sergio Mattarella, dissolverá a Câmara dos Deputados e o Senado na próxima quinta-feira (28), após uma coletiva de imprensa de fim de ano do primeiro-ministro Paolo Gentiloni.
Durante o encontro com os jornalistas, o premier deve dar seu governo por encerrado, abrindo caminho para a dissolução do Parlamento - inicialmente, acreditava-se que essa etapa poderia ocorrer um dia antes, mas Mattarella decidiu esperar a coletiva do premier.
Na visão do Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República, a 17ª legislatura deu claros sinais de esgotamento ao não conseguir quorum para votar no Senado o projeto de lei que introduz o "jus soli" no país, o último tema "quente" ainda pendente no Parlamento.
Defensores da iniciativa pressionam Mattarella para que ele adie a dissolução do Parlamento até que o texto seja aprovado, porém, até o momento, nada indica que o presidente acatará o pedido. O fim da legislatura é estabelecido por um decreto do chefe de Estado, contra-assinado pelo primeiro-ministro.
A partir disso, as eleições podem ser marcadas para qualquer data em um período entre 45 e 70 dias depois da dissolução do Parlamento - ou seja, entre 11 de fevereiro e 8 de março. O mais provável é que a votação ocorra em 4 de março, um domingo.
No dia 31 de dezembro, em seu discurso de fim de ano, Mattarella dará o pontapé inicial na campanha eleitoral. Nesse período, Gentiloni permanecerá na poltrona de primeiro-ministro para lidar com os assuntos do dia a dia do governo.
Depois da renúncia de Matteo Renzi, há um ano, o presidente foi bastante pressionado a antecipar o fim da legislatura e as eleições. Tanto a oposição, capitaneada pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e pela ultranacionalista Liga Norte, quanto a ala do centro-esquerdista Partido Democrático (PD) fiel ao ex-primeiro-ministro desejavam ir às urnas o mais brevemente possível, mas o chefe de Estado resistiu.
Em seu discurso de Réveillon, ele deve fazer um apelo por uma campanha "serena" e que mantenha a ordem institucional no país.
O objetivo do presidente é promover uma transição tranquila, sem que Gentiloni seja desacreditado por uma moção de desconfiança. O premier deve seguir no cargo inclusive no período pós-eleitoral de formação de governo e, se as pesquisas estiverem certas, o novo Executivo pode demorar algumas semanas para surgir, repetindo o que já aconteceu na Espanha, na Alemanha e na própria Itália. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
No Parlamento do país, dá-se como certo que o presidente italiano, Sergio Mattarella, dissolverá a Câmara dos Deputados e o Senado na próxima quinta-feira (28), após uma coletiva de imprensa de fim de ano do primeiro-ministro Paolo Gentiloni.
Durante o encontro com os jornalistas, o premier deve dar seu governo por encerrado, abrindo caminho para a dissolução do Parlamento - inicialmente, acreditava-se que essa etapa poderia ocorrer um dia antes, mas Mattarella decidiu esperar a coletiva do premier.
Na visão do Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República, a 17ª legislatura deu claros sinais de esgotamento ao não conseguir quorum para votar no Senado o projeto de lei que introduz o "jus soli" no país, o último tema "quente" ainda pendente no Parlamento.
Defensores da iniciativa pressionam Mattarella para que ele adie a dissolução do Parlamento até que o texto seja aprovado, porém, até o momento, nada indica que o presidente acatará o pedido. O fim da legislatura é estabelecido por um decreto do chefe de Estado, contra-assinado pelo primeiro-ministro.
A partir disso, as eleições podem ser marcadas para qualquer data em um período entre 45 e 70 dias depois da dissolução do Parlamento - ou seja, entre 11 de fevereiro e 8 de março. O mais provável é que a votação ocorra em 4 de março, um domingo.
No dia 31 de dezembro, em seu discurso de fim de ano, Mattarella dará o pontapé inicial na campanha eleitoral. Nesse período, Gentiloni permanecerá na poltrona de primeiro-ministro para lidar com os assuntos do dia a dia do governo.
Depois da renúncia de Matteo Renzi, há um ano, o presidente foi bastante pressionado a antecipar o fim da legislatura e as eleições. Tanto a oposição, capitaneada pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e pela ultranacionalista Liga Norte, quanto a ala do centro-esquerdista Partido Democrático (PD) fiel ao ex-primeiro-ministro desejavam ir às urnas o mais brevemente possível, mas o chefe de Estado resistiu.
Em seu discurso de Réveillon, ele deve fazer um apelo por uma campanha "serena" e que mantenha a ordem institucional no país.
O objetivo do presidente é promover uma transição tranquila, sem que Gentiloni seja desacreditado por uma moção de desconfiança. O premier deve seguir no cargo inclusive no período pós-eleitoral de formação de governo e, se as pesquisas estiverem certas, o novo Executivo pode demorar algumas semanas para surgir, repetindo o que já aconteceu na Espanha, na Alemanha e na própria Itália. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.