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Com Berlusconi, direita faz ato na Itália e promete vitória

01/03/2018 13h38

ROMA, 1 MAR (ANSA) - A três dias das eleições parlamentares na Itália, o líder do Força Itália (FI), o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, participou de um comício nesta quinta-feira (1) com os líderes dos principais partidos de centro-direita no Templo de Adriano, em Roma. No palco, eles disseram acreditar que terão a maioria dos votos para formar um novo governo.   

Apesar de impedido de concorrer ao cargo de premier novamente devido a uma condenação judicial, Berlusconi tem despontado como a principal figura destas eleições. No evento de hoje, ele se reuniu com o líder do movimento de extrema-direita Liga Norte, Matteo Salvini; a líder do Irmãos da Itália (FDI), Giorgia Meloni; e Raffaele Fitto, do conservador "Nós com a Itália-UDC".   

"Temos a esperança de alcançar uma maioria tanto na Câmara quanto no Senado para formar um governo sólido que o país precisa", disse Berlusconi.   

"Desde o momento em que somos maioria, garantimos que a nossa lealdade seja absoluta. Seremos uma força de agressão em comparação com tudo o que a esquerda fez", acrescentou.   

Durante o encontro, a líder do FDI agradeceu a parceria.   

"Obrigada por estar aqui, estou feliz por ter encontrado um momento para estarmos juntos. É importante que os italianos nos vejam juntos".   

Para Meloni, há duas escolhas: "ou o centro-direita ganha ou é caos no caos". As eleições legislativas da Itália acontecerão no próximo domingo (4). A centro-direita tem como principais adversários a legenda de centro-esquerda Partido Democrático (PD), atualmente no governo com o premier Paolo Gentiloni e com a forte figura do ex-premier Matteo Renzi, e os antagonistas do Movimento 5 Estrelas (M5S), cujo principal representante é Luigi di Maio.   

A instabilidade política é grande na Itália, com polarização dos movimentos sociais. O cenário pós-eleições é incerto, já que nenhum partido, aparentemente, terá a maioria absoluta do Parlamento e será obrigado a fazer coalizões. Mesmo assim, a centro-direita aparece com uma ligeira vantagem de votos. (ANSA)
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