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Síria e Rússia acusam Israel de ataque em aeroporto militar

09/04/2018 08h01

BEIRUT, 9 ABR (ANSA) - Pelo menos 14 militares sírios e combatentes aliados morreram após um bombardeio aéreo contra o aeroporto militar de Taifur, na província de Homs, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) nesta segunda-feira (9). A Rússia e o governo do presidente Bashar al-Assad acusam Israel pelo ataque. De acordo com a ONG, dois mísseis caíram na base, na qual há tropas do Exército da Sìria, da milícia libanesa Hezbollah e forças iranianas. Além disso, há suspeitas de que esta ofensiva esteja ligada ao ataque químico realizado no último sábado (7) A agência oficial de notícias do regime de Assad, Sana, informou que "a agressão israelense no aeroporto T-4 foi realizada por aviões F-15 que lançaram vários mísseis". No início, a publicação chegou a especular que o atentado fosse conduzido pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.   

Mas, em nota, o Pentágono negou.   

"Neste momento, o Departamento de Defesa não está conduzindo ataques aéreos na Síria", diz o texto. Já o ministro da Defesa da Rússia ressaltou que "dois aviões F-15 do exército israelense atacaram a base aérea entre 3h25 e 3h53 (horário de Moscou) e contou com a ajuda de pelo menos oito mísseis teleguiados.   

O ataque teria ocorrido a partir do Líbano, sem violar o espaço aéreo sírio. As defesas aéreas da Síria destruíram cinco mísseis guiados. Moscou ainda informa que "nenhum militar russo" está entre as vítimas, revelou a agência Tass.   

Ontem (8), um ataque químico à Duma causou pelo menos 100 mortes, incluindo mulheres e crianças. O governo dos Estados Unidos e oito outros países membros do Conselho de Segurança da ONU - Grã-Bretanha, França, Polónia, Holanda, Suécia, Kuwait, Peru e Costa do Marfim - pediram uma reunião de emergência dos "Quinze" sobre o ataque na Síria.   

Trump, por sua vez, prometeu que Damasco pagará "um grande preço" pelo suposto ataque químico. Nos últimos anos, Israel realizou vários ataques à Síria. O magnata e o presidente da França, Emmanuel Macron, condenaram "fortemente o ataque e concordaram que o regime de Assad deve ser responsabilizado por seus abusos contínuos de direitos humanos", diz um comunicado da Casa Branca, referindo-se a um telefonema entre os dois líderes, que também concordaram em "trocar informações sobre a natureza do ataque e coordenar uma forte resposta comum". (ANSA)
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