Após 26 mortes, Papa pede fim de violência na Nicarágua
O papa Francisco pediu neste domingo (22) o fim da violência na Nicarágua, após mais de 20 pessoas terem morrido em uma onda de protestos contra a reforma previdenciária proposta pelo governo do presidente Daniel Ortega.
"Estou preocupado pelo que tem ocorrido nos últimos dias na Nicarágua, onde, após protestos sociais, se verificaram confrontos que causaram algumas vítimas. Exprimo minha proximidade na oração àquele amado país e me uno aos bispos ao pedir que se interrompa toda a violência e se evite um inútil derramamento de sangue", afirmou o primeiro pontífice latino-americano.
Além disso, Jorge Bergoglio cobrou que as "questões abertas" sejam resolvidas "pacificamente e com senso de responsabilidade". Segundo o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), ao menos 26 pessoas morreram nos protestos até o último sábado (21), todas atingidas por armas de fogo durante confrontos com as forças de segurança.
Em meio à crise, Ortega disse estar aberto a negociar alguns pontos da reforma previdenciária, mas apenas com representantes do mundo empresarial. Ele também justificou a repressão com o argumento de que os manifestantes - em sua maioria estudantes universitários - estão sendo manipulados por uma "minoria" e infiltrados por "grupos criminosos".
Os confrontos começaram na última quarta-feira (18), na capital Manágua, mas logo se espalharam para outras partes do país. O projeto de Ortega prevê cortes em aposentadorias e benefícios médicos e aumenta a contribuição das empresas.
Segundo o governo, o objetivo é "garantir a seguridade social para a população menos favorecida". O setor privado convocou uma grande "marcha pela paz" para esta segunda-feira (23) e cobrou das autoridades o respeito ao direito de manifestação.
O sandinista Ortega está em seu quarto mandato como presidente, sendo o terceiro seguido, e governa a Nicarágua ininterruptamente desde 2007.
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