Após 10 dias de protestos, premier da Armênia renuncia
MOSCOU, 23 ABR (ANSA) - Após passar apenas uma semana no cargo, o primeiro-ministro da Armênia, Serzh Sargsyan, anunciou nesta segunda-feira (23) sua renúncia, em meio aos protestos que tomaram conta do país nos últimos 10 dias.
Sargsyan, pró-Rússia, foi presidente entre 2008 e 2018, após ter sido eleito em uma votação bastante contestada pela oposição, e realizou uma reforma constitucional que mudou o sistema político armênio do semipresidencialismo para o parlamentarismo - ele não poderia se candidatar novamente a presidente.
Em seguida, renunciou ao cargo de chefe de Estado e, em 17 de abril, foi eleito primeiro-ministro pela Assembleia Nacional. A manobra desencadeou uma onda de protestos no país, capitaneados pelo líder de oposição Nikol Pashinyan, alinhado à União Europeia e que definiu as manifestações como "revolução de veludo".
Os atos foram violentamente reprimidos e terminaram com a prisão de centenas de opositores, incluindo Pashinyan, mas a multidão continuou mobilizada e forçou a renúncia de Sargsyan.
"Nikol Pashinyan tinha razão: a situação criada tem algumas soluções, mas eu não as escolherei. Deixo o cargo de líder e primeiro-ministro. Os movimentos de rua são contra meu governo, então atendo seu pedido e desejo paz e harmonia para nosso país", diz uma nota do ex-presidente.
A renúncia foi celebrada por dezenas de milhares de pessoas na capital armênia, Yerevan. O vice-primeiro-ministro Karen Karapetyan foi nomeado para governar o país interinamente.
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Sargsyan, pró-Rússia, foi presidente entre 2008 e 2018, após ter sido eleito em uma votação bastante contestada pela oposição, e realizou uma reforma constitucional que mudou o sistema político armênio do semipresidencialismo para o parlamentarismo - ele não poderia se candidatar novamente a presidente.
Em seguida, renunciou ao cargo de chefe de Estado e, em 17 de abril, foi eleito primeiro-ministro pela Assembleia Nacional. A manobra desencadeou uma onda de protestos no país, capitaneados pelo líder de oposição Nikol Pashinyan, alinhado à União Europeia e que definiu as manifestações como "revolução de veludo".
Os atos foram violentamente reprimidos e terminaram com a prisão de centenas de opositores, incluindo Pashinyan, mas a multidão continuou mobilizada e forçou a renúncia de Sargsyan.
"Nikol Pashinyan tinha razão: a situação criada tem algumas soluções, mas eu não as escolherei. Deixo o cargo de líder e primeiro-ministro. Os movimentos de rua são contra meu governo, então atendo seu pedido e desejo paz e harmonia para nosso país", diz uma nota do ex-presidente.
A renúncia foi celebrada por dezenas de milhares de pessoas na capital armênia, Yerevan. O vice-primeiro-ministro Karen Karapetyan foi nomeado para governar o país interinamente.
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