Itália dá cidadania a bebê que terá aparelhos desligados
ROMA, 23 ABR (ANSA) - A Itália concedeu nesta segunda-feira (23) cidadania ao bebê britânico Alfie Evans, que sofre de uma doença degenerativa e terá seus aparelhos desligados contra a vontade dos pais. Com isso, o governo espera que o menino de quase dois anos possa ser transferido para Roma "imediatamente".
A decisão foi tomada pelos ministros das Relações Exteriores, Angelino Alfano, e do Interior, Marco Minniti, ambos identificados com a ala conservadora do governo demissionário de Paolo Gentiloni, de centro-esquerda.
"Deste modo, o governo da Itália deseja que a cidadania italiana permita a imediata transferência do menino para a Itália", diz uma nota do Ministério das Relações Exteriores. O procedimento para desligar os aparelhos de Alfie, que devia ter iniciado de manhã, foi suspenso.
O bebê está internado no hospital Alder Hey, em Liverpool, que quase foi invadido nesta segunda por manifestantes que se autodenominam "Exército de Alfie". A tentativa de invasão ocorreu após a Corte Europeia de Direitos Humanos ter negado o último recurso dos pais para evitar a morte do menino.
O caso é acompanhado pessoalmente por Mariella Enoc, presidente do hospital pediátrico Bambino Gesù (Menino Jesus), situado em Roma e administrado pela Igreja Católica. O local se ofereceu para tratar o menino britânico, mas a Justiça do Reino Unido manteve sua decisão de que desligar os aparelhos é o "melhor" para o paciente.
Em 2017, um caso parecido causou bastante comoção na Europa. Na ocasião, o bebê Charlie Gard, de 11 meses, que sofria de miopatia mitocondrial, uma doença rara e incurável, teve seus aparelhos desligados contra a vontade dos pais e apesar dos apelos do Vaticano.
A Itália chegou a se oferecer para receber Charlie, porém sem conceder cidadania. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A decisão foi tomada pelos ministros das Relações Exteriores, Angelino Alfano, e do Interior, Marco Minniti, ambos identificados com a ala conservadora do governo demissionário de Paolo Gentiloni, de centro-esquerda.
"Deste modo, o governo da Itália deseja que a cidadania italiana permita a imediata transferência do menino para a Itália", diz uma nota do Ministério das Relações Exteriores. O procedimento para desligar os aparelhos de Alfie, que devia ter iniciado de manhã, foi suspenso.
O bebê está internado no hospital Alder Hey, em Liverpool, que quase foi invadido nesta segunda por manifestantes que se autodenominam "Exército de Alfie". A tentativa de invasão ocorreu após a Corte Europeia de Direitos Humanos ter negado o último recurso dos pais para evitar a morte do menino.
O caso é acompanhado pessoalmente por Mariella Enoc, presidente do hospital pediátrico Bambino Gesù (Menino Jesus), situado em Roma e administrado pela Igreja Católica. O local se ofereceu para tratar o menino britânico, mas a Justiça do Reino Unido manteve sua decisão de que desligar os aparelhos é o "melhor" para o paciente.
Em 2017, um caso parecido causou bastante comoção na Europa. Na ocasião, o bebê Charlie Gard, de 11 meses, que sofria de miopatia mitocondrial, uma doença rara e incurável, teve seus aparelhos desligados contra a vontade dos pais e apesar dos apelos do Vaticano.
A Itália chegou a se oferecer para receber Charlie, porém sem conceder cidadania. (ANSA)
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