Após Molise, outra eleição ganha caráter nacional na Itália
TRIESTE, 27 ABR (ANSA) - Após a pequena Molise, mais uma região italiana, Friuli Venezia Giulia, irá às urnas neste fim de abril, no próximo domingo (29), em uma eleição à qual os partidos mais bem colocados nas pesquisas tentam atribuir caráter nacional.
Situada no extremo-nordeste do país, Friuli Venezia Giulia tem 1,2 milhão de habitantes (a 15ª em população, de um total de 20) e é governada atualmente por Debora Serracchiani, do centro-esquerdista Partido Democrático (PD). Com baixos índices de popularidade, ela não concorre à reeleição.
O candidato favorito à vitória é o deputado Massimiliano Fedriga, do partido de extrema direita Liga e apoiado pela mesma coalizão conservadora que venceu as eleições legislativas de 4 de março. Ele é considerado próximo ao líder da legenda ultranacionalista, Matteo Salvini, que se empenhou pessoalmente na campanha na região.
Para Salvini, a votação é vista como uma oportunidade para recuperar prestígio nas negociações para a formação do novo governo nacional, hoje protagonizadas pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e pelo PD, que tentam costurar uma improvável aliança.
Além disso, Salvini busca fazer a Liga chegar à frente do Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, assim como ocorreu em âmbito nacional, para fortalecer seu papel como líder da aliança conservadora. Já o PD, que deve perder mais uma região sob seu comando, tal qual Molise, tenta desvincular o voto regional da política nacional.
O candidato do partido é o vice-governador Sergio Bolzonello, que aparece nas pesquisas bastante atrás de Fedriga. Alessandro Fraleoni Morgera é o postulante do M5S, que não tem um histórico de bom desempenho eleitoral em Friuli Veneza Giulia.
Pouco habituada a visitas dos poderosos, a região conviveu nas últimas semanas com um "vai e vem" de rostos notórios em Roma, como Luigi Di Maio, líder antissistema; Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu; Berlusconi, seu padrinho político; e Salvini.
Mas os olhos de todos vão muito além da capital regional Trieste. A provável vitória da direita deve reforçar a posição da coalizão de que um governo nacional que não a inclua seria um "insulto ao eleitor".
Em Molise, de onde também se esperava repercussões nacionais, o resultado foi uma repetição das eleições legislativas: M5S como o partido mais votado, mas atrás da coalizão conservadora.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Situada no extremo-nordeste do país, Friuli Venezia Giulia tem 1,2 milhão de habitantes (a 15ª em população, de um total de 20) e é governada atualmente por Debora Serracchiani, do centro-esquerdista Partido Democrático (PD). Com baixos índices de popularidade, ela não concorre à reeleição.
O candidato favorito à vitória é o deputado Massimiliano Fedriga, do partido de extrema direita Liga e apoiado pela mesma coalizão conservadora que venceu as eleições legislativas de 4 de março. Ele é considerado próximo ao líder da legenda ultranacionalista, Matteo Salvini, que se empenhou pessoalmente na campanha na região.
Para Salvini, a votação é vista como uma oportunidade para recuperar prestígio nas negociações para a formação do novo governo nacional, hoje protagonizadas pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e pelo PD, que tentam costurar uma improvável aliança.
Além disso, Salvini busca fazer a Liga chegar à frente do Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, assim como ocorreu em âmbito nacional, para fortalecer seu papel como líder da aliança conservadora. Já o PD, que deve perder mais uma região sob seu comando, tal qual Molise, tenta desvincular o voto regional da política nacional.
O candidato do partido é o vice-governador Sergio Bolzonello, que aparece nas pesquisas bastante atrás de Fedriga. Alessandro Fraleoni Morgera é o postulante do M5S, que não tem um histórico de bom desempenho eleitoral em Friuli Veneza Giulia.
Pouco habituada a visitas dos poderosos, a região conviveu nas últimas semanas com um "vai e vem" de rostos notórios em Roma, como Luigi Di Maio, líder antissistema; Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu; Berlusconi, seu padrinho político; e Salvini.
Mas os olhos de todos vão muito além da capital regional Trieste. A provável vitória da direita deve reforçar a posição da coalizão de que um governo nacional que não a inclua seria um "insulto ao eleitor".
Em Molise, de onde também se esperava repercussões nacionais, o resultado foi uma repetição das eleições legislativas: M5S como o partido mais votado, mas atrás da coalizão conservadora.
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