TIM entra em semana decisiva para disputa Vivendi-Elliott
MILÃO, 30 ABR (ANSA) - A empresa italiana de telefonia TIM entrou em uma semana decisiva para seu futuro, com a assembleia de sócios que renovará seu conselho de administração, em meio às disputas internas entre seu principal acionista, o grupo francês Vivendi, e a gestora de recursos norte-americana Elliott.
A reunião acontecerá em 4 de maio, após a renúncia do presidente da TIM, Arnaud De Puyfontaine, e de mais sete membros do conselho de administração. A saída em massa foi uma forma de evitar a votação de uma proposta da Elliott para revogar os mandatos de seis conselheiros nomeados pela Vivendi.
O confronto na assembleia de sócios será aberto: duas listas adversárias, uma apresentada pelos franceses e outra pelos norte-americanos. Aquela que vencer terá direito a 10 vagas no conselho de administração; a derrotada ficará com cinco. O único ponto em comum entre elas parece ser o apoio à manutenção do CEO Amos Genish, indicado pela Vivendi.
"A Elliott e seus candidatos independentes apoiam plenamente Genish e estão encorajados pelo fato de que ele se comprometeu a permanecer na TIM para executar seu plano, com apoio do conselho, independentemente de sua composição", diz uma nota da gestora norte-americana.
A Vivendi tem 23,94% da operadora italiana, enquanto a Elliott possui 9,19%, número alcançado nos últimos meses, após uma escalada acionária dos norte-americanos, insatisfeitos com os rumos dados à empresa pelos franceses.
Até o governo italiano entrou na disputa, por meio da Cassa Depositi e Prestiti (CDP), controlada pelo Ministério de Economia e Finanças e agora dona de 4,26% da TIM. O restante das ações está nas mãos de investidores institucionais e acionistas individuais.
A Elliott acusa a Vivendi de fazer uma "péssima administração" na operadora, enquanto os franceses dizem que a gestora quer "desmantelar" a empresa.
Brasil - Dependendo de quem vencer a eleição para o conselho de administração, a operação no Brasil pode ser afetada. Um plano apresentado pela Elliott prevê a redução "radical do perímetro" da TIM e a fusão da filial brasileira com um player "local".
No entanto, a atual administração da companhia italiana se manifestou e afirmou que a ideia de juntar a TIM com uma concorrente - foi citada explicitamente a Oi - colocaria "em risco" seu plano estratégico. "No Brasil, uma combinação com um operador local poderia aumentar a pressão financeira no curto prazo", diz uma nota publicada há quase duas semanas.
A disputa ainda chega no meio de um escândalo envolvendo o bilionário francês Vincent Bolloré, principal acionista da Vivendi e que chegou a ser detido em seu país sob a acusação de corrupção. Ele é suspeito de ter subornado autoridades na África, mas alega inocência. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A reunião acontecerá em 4 de maio, após a renúncia do presidente da TIM, Arnaud De Puyfontaine, e de mais sete membros do conselho de administração. A saída em massa foi uma forma de evitar a votação de uma proposta da Elliott para revogar os mandatos de seis conselheiros nomeados pela Vivendi.
O confronto na assembleia de sócios será aberto: duas listas adversárias, uma apresentada pelos franceses e outra pelos norte-americanos. Aquela que vencer terá direito a 10 vagas no conselho de administração; a derrotada ficará com cinco. O único ponto em comum entre elas parece ser o apoio à manutenção do CEO Amos Genish, indicado pela Vivendi.
"A Elliott e seus candidatos independentes apoiam plenamente Genish e estão encorajados pelo fato de que ele se comprometeu a permanecer na TIM para executar seu plano, com apoio do conselho, independentemente de sua composição", diz uma nota da gestora norte-americana.
A Vivendi tem 23,94% da operadora italiana, enquanto a Elliott possui 9,19%, número alcançado nos últimos meses, após uma escalada acionária dos norte-americanos, insatisfeitos com os rumos dados à empresa pelos franceses.
Até o governo italiano entrou na disputa, por meio da Cassa Depositi e Prestiti (CDP), controlada pelo Ministério de Economia e Finanças e agora dona de 4,26% da TIM. O restante das ações está nas mãos de investidores institucionais e acionistas individuais.
A Elliott acusa a Vivendi de fazer uma "péssima administração" na operadora, enquanto os franceses dizem que a gestora quer "desmantelar" a empresa.
Brasil - Dependendo de quem vencer a eleição para o conselho de administração, a operação no Brasil pode ser afetada. Um plano apresentado pela Elliott prevê a redução "radical do perímetro" da TIM e a fusão da filial brasileira com um player "local".
No entanto, a atual administração da companhia italiana se manifestou e afirmou que a ideia de juntar a TIM com uma concorrente - foi citada explicitamente a Oi - colocaria "em risco" seu plano estratégico. "No Brasil, uma combinação com um operador local poderia aumentar a pressão financeira no curto prazo", diz uma nota publicada há quase duas semanas.
A disputa ainda chega no meio de um escândalo envolvendo o bilionário francês Vincent Bolloré, principal acionista da Vivendi e que chegou a ser detido em seu país sob a acusação de corrupção. Ele é suspeito de ter subornado autoridades na África, mas alega inocência. (ANSA)
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