Coreia do Norte pede abertura de voos para o Sul
A Coreia do Norte apresentou um pedido para abrir novas rotas aéreas para a Coreia do Sul. A solicitação foi feita em fevereiro à Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês), agência ligada à ONU e com sede em Montreal, no Canadá.
Segundo a entidade, o regime de Kim Jong-un quer instituir "serviços de tráfego aéreo" entre a capital Pyongyang e a cidade sul-coreana de Incheon, nos arredores de Seul. A Icao enviou a proposta para a Coreia do Sul, que está "analisando" o pedido.
Além disso, uma delegação da agência irá ao Norte na semana que vem para discutir o assunto. Atualmente, a companhia aérea estatal de Pyongyang, Air Koryo, voa para aeroportos na Rússia e na China.
Embora a Icao não possa determinar regras a países, costuma ser ouvida em termos de segurança e proteção no espaço aéreo.
Fuso horário unificado
A Coreia do Norte unificou nesta sexta-feira (4) seu fuso horário com a Coreia do Sul, em mais uma medida no âmbito da reaproximação entre os dois A partir de agora, os norte-coreanos passam a ficar nove horas à frente do Meridiano de Greenwich (o meridiano zero), ao invés de oito horas e meia. A mudança foi informada pela emissora estatal "KCNA".
O fuso antigo havia sido implantado em 2015, em protesto contra o "pérfido imperialismo do Japão". Antes disso, ele vigorara até 1910, ano da invasão japonesa na Península Coreana.
A ideia de alterar o horário do país havia sido antecipada por Kim Jong-un no histórico encontro com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no vilarejo fronteiriço de Panmunjom, em 27 de abril.
"Sinto amargura ao ver que aqui há dois relógios na parede da Casa da Paz [local da reunião], um para o horário de Seul e outro para o de Pyongyang", dissera o líder norte-coreano na ocasião.
O adiantar dos ponteiros é o primeiro ato prático tomado após a cúpula de Panmunjom, durante a qual Kim e Moon prometeram a assinatura de um acordo de paz ainda para 2018.
Nas próximas semanas, o líder da Coreia do Norte também deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar da "desnuclearização" da península.
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