Escândalo ameaça derrubar primeiro-ministro da Espanha
MADRI, 25 MAI (ANSA) - O escândalo de corrupção que atingiu em cheio o conservador Partido Popular (PP) ameaça agora o mandato do primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy.
Após o oposicionista Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) ter apresentado uma moção de desconfiança na Câmara dos Deputados contra o presidente do Governo, a legenda Cidadãos, principal aliada do PP, pediu a convocação de eleições antecipadas.
Segundo o secretário-geral do partido de direita, José Manuel Villegas, que apoia o governo Rajoy, a atual legislatura, formada em 2016, "terminou". No entanto, o primeiro-ministro, que tem a prerrogativa de dissolver o Parlamento, rechaçou chamar o país às urnas, afirmando que isso iria "contra a estabilidade da Espanha".
"Pelo que depende de mim, todas as legislaturas duram quatro anos", declarou, acusando o líder da oposição, Pedro Sánchez (Psoe), de querer "governar a qualquer custo, com o apoio de qualquer um, inclusive de partidos separatistas".
Torcedor do Real Madrid, Rajoy abdicou até de ir a Kiev para a final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Liverpool, para lidar com a crise. Na última quinta, o PP se tornou o primeiro partido espanhol a ser condenado por corrupção, em um escândalo de financiamento ilegal envolvendo políticos e empresários.
Rajoy, que diz ter tirado a Espanha da crise econômica e impedido a independência da Catalunha, minimiza a condenação, afirmando que se trata de uma sentença de primeiro grau e na Justiça Civil. Além disso, alega que ex-dirigentes do Psoe também estão sendo processados por corrupção.
Sánchez, por sua vez, vê o enfraquecimento de Rajoy como uma oportunidade para assumir o poder, mas, para isso, precisaria obter os votos de nacionalistas catalães, bascos e valencianos, além do Podemos, de extrema-esquerda, formando uma coalizão potencialmente ingovernável.
Já o Cidadãos, cuja popularidade segue em ascensão por causa de seu papel de defesa da unidade nacional na crise catalã, defende eleições antecipadas para conseguir capitalizar esse crescimento e desbancar o PP no campo conservador. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Após o oposicionista Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) ter apresentado uma moção de desconfiança na Câmara dos Deputados contra o presidente do Governo, a legenda Cidadãos, principal aliada do PP, pediu a convocação de eleições antecipadas.
Segundo o secretário-geral do partido de direita, José Manuel Villegas, que apoia o governo Rajoy, a atual legislatura, formada em 2016, "terminou". No entanto, o primeiro-ministro, que tem a prerrogativa de dissolver o Parlamento, rechaçou chamar o país às urnas, afirmando que isso iria "contra a estabilidade da Espanha".
"Pelo que depende de mim, todas as legislaturas duram quatro anos", declarou, acusando o líder da oposição, Pedro Sánchez (Psoe), de querer "governar a qualquer custo, com o apoio de qualquer um, inclusive de partidos separatistas".
Torcedor do Real Madrid, Rajoy abdicou até de ir a Kiev para a final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Liverpool, para lidar com a crise. Na última quinta, o PP se tornou o primeiro partido espanhol a ser condenado por corrupção, em um escândalo de financiamento ilegal envolvendo políticos e empresários.
Rajoy, que diz ter tirado a Espanha da crise econômica e impedido a independência da Catalunha, minimiza a condenação, afirmando que se trata de uma sentença de primeiro grau e na Justiça Civil. Além disso, alega que ex-dirigentes do Psoe também estão sendo processados por corrupção.
Sánchez, por sua vez, vê o enfraquecimento de Rajoy como uma oportunidade para assumir o poder, mas, para isso, precisaria obter os votos de nacionalistas catalães, bascos e valencianos, além do Podemos, de extrema-esquerda, formando uma coalizão potencialmente ingovernável.
Já o Cidadãos, cuja popularidade segue em ascensão por causa de seu papel de defesa da unidade nacional na crise catalã, defende eleições antecipadas para conseguir capitalizar esse crescimento e desbancar o PP no campo conservador. (ANSA)
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