Israel ordena demolição de comunidade beduína palestina
TEL AVIV, 25 MAI (ANSA) - A Corte Suprema de Israel autorizou a demolição da comunidade palestina beduína Khan al-Ahmar, na Cisjordânia, e de sua "escola de borracha", por estarem sem as permissões necessárias.
O colégio é feito com paredes de pneus descartados devido à falta de recursos e à proibição israelense de se usar cimento na área. O projeto foi feito pela ONG italiana "Vento di Terra" em 2009 e se tornou símbolo da comunidade local.
De acordo com o jornal israelense "Haaretz", os juízes rejeitaram as apelações dos quase 200 habitantes que se opõem ao traslado para a localidade vizinha de Abu Dis, obrigando esses grupos palestinos a abandonarem seu modo de vida beduíno.
As demolições devem ter início no próximo mês, o que preocupa outras comunidades beduínas, que também temem ser obrigadas a se mudar.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP), órgão que governa a Cisjordânia, condenou a decisão judicial e classificou-a como "uma política de limpeza étnica e a pior forma de discriminação racial, que se converteu em característica predominante das práticas e decisões do governo israelense".
A decisão também aumenta a tensão entre a União Europeia e Israel. A UE havia feito um apelo para tentar barrar a demolição, que não foi acatado. "A sobrevivência e manutenção dessa estrutura é muito importante para a Itália e para a comunidade internacional", lembraram fontes do Ministério de Relações Exteriores da Itália.
"Não somente por motivos humanitários e de respeito à legalidade internacional, mas também porque o desalojamento de Khan al-Ahmar afetaria a proximidade territorial do futuro Estado palestino, desgastando de modo decisivo a viabilidade da solução de dois Estados", acrescentaram.
Ainda nesta semana, o governo israelense solicitou à União Europeia a suspensão do envio de "milhões de euros para ONGs que lutam pelo boicote econômico ao Estado hebraico" e que "mantêm contato com grupos terroristas". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O colégio é feito com paredes de pneus descartados devido à falta de recursos e à proibição israelense de se usar cimento na área. O projeto foi feito pela ONG italiana "Vento di Terra" em 2009 e se tornou símbolo da comunidade local.
De acordo com o jornal israelense "Haaretz", os juízes rejeitaram as apelações dos quase 200 habitantes que se opõem ao traslado para a localidade vizinha de Abu Dis, obrigando esses grupos palestinos a abandonarem seu modo de vida beduíno.
As demolições devem ter início no próximo mês, o que preocupa outras comunidades beduínas, que também temem ser obrigadas a se mudar.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP), órgão que governa a Cisjordânia, condenou a decisão judicial e classificou-a como "uma política de limpeza étnica e a pior forma de discriminação racial, que se converteu em característica predominante das práticas e decisões do governo israelense".
A decisão também aumenta a tensão entre a União Europeia e Israel. A UE havia feito um apelo para tentar barrar a demolição, que não foi acatado. "A sobrevivência e manutenção dessa estrutura é muito importante para a Itália e para a comunidade internacional", lembraram fontes do Ministério de Relações Exteriores da Itália.
"Não somente por motivos humanitários e de respeito à legalidade internacional, mas também porque o desalojamento de Khan al-Ahmar afetaria a proximidade territorial do futuro Estado palestino, desgastando de modo decisivo a viabilidade da solução de dois Estados", acrescentaram.
Ainda nesta semana, o governo israelense solicitou à União Europeia a suspensão do envio de "milhões de euros para ONGs que lutam pelo boicote econômico ao Estado hebraico" e que "mantêm contato com grupos terroristas". (ANSA)
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