Aliados de Merkel já cogitam eleições antecipadas
BERLIM, 27 JUN (ANSA) - Um racha na base aliada da chanceler Angela Merkel ameaça levar a Alemanha às urnas de forma antecipada, em mais um desdobramento da crise aberta na União Europeia por causa do acolhimento a refugiados.
O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, prometeu derrubar o governo se o país não fechar as portas para deslocados externos, desafiando abertamente as políticas migratórias de Merkel. Uma reunião da base aliada na última terça-feira (26) tentou costurar uma posição em comum, mas sem sucesso.
Questionado sobre os resultados do encontro, a presidente do Partido Social-Democrata (SPD), Andrea Nahles, disse que "não exclui" a possibilidade de eleições antecipadas. "Temos uma situação na qual Horst Seehofer propõe algo que terá efeitos sobre toda a Europa. Trata-se de um efeito dominó. Nós acreditamos que esse modo unilateral de fazer as recusas [de migrantes] é incompatível com o direito europeu", declarou Nahles.
Já o líder da conservadora União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, no Parlamento, Volker Kauder, reconheceu que o governo vive uma crise "muito séria". Seehofer é líder da União Social-Cristã (CSU), tradicional aliada da CDU na região da Baviera e que apoia a chanceler junto com o SPD.
Ele quer fechar as fronteiras a partir da semana que vem para deslocados externos que já tenham sido registrados em outros países da União Europeia, mas Merkel pretende alcançar um acordo no âmbito da UE - em 28 e 29 de junho, o Conselho Europeu se reunirá em Bruxelas.
Os efeitos da crise já puderam ser sentidos na crise referente ao navio da ONG alemã Lifeline, que foi impedido de atracar na Itália e acabou direcionado para Malta, com 234 pessoas a bordo.
Os deslocados externos serão distribuídos entre oito países da UE, incluindo Malta e Itália, mas a Alemanha se recusou a participar da realocação, por imposição de seu ministro do Interior. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, prometeu derrubar o governo se o país não fechar as portas para deslocados externos, desafiando abertamente as políticas migratórias de Merkel. Uma reunião da base aliada na última terça-feira (26) tentou costurar uma posição em comum, mas sem sucesso.
Questionado sobre os resultados do encontro, a presidente do Partido Social-Democrata (SPD), Andrea Nahles, disse que "não exclui" a possibilidade de eleições antecipadas. "Temos uma situação na qual Horst Seehofer propõe algo que terá efeitos sobre toda a Europa. Trata-se de um efeito dominó. Nós acreditamos que esse modo unilateral de fazer as recusas [de migrantes] é incompatível com o direito europeu", declarou Nahles.
Já o líder da conservadora União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, no Parlamento, Volker Kauder, reconheceu que o governo vive uma crise "muito séria". Seehofer é líder da União Social-Cristã (CSU), tradicional aliada da CDU na região da Baviera e que apoia a chanceler junto com o SPD.
Ele quer fechar as fronteiras a partir da semana que vem para deslocados externos que já tenham sido registrados em outros países da União Europeia, mas Merkel pretende alcançar um acordo no âmbito da UE - em 28 e 29 de junho, o Conselho Europeu se reunirá em Bruxelas.
Os efeitos da crise já puderam ser sentidos na crise referente ao navio da ONG alemã Lifeline, que foi impedido de atracar na Itália e acabou direcionado para Malta, com 234 pessoas a bordo.
Os deslocados externos serão distribuídos entre oito países da UE, incluindo Malta e Itália, mas a Alemanha se recusou a participar da realocação, por imposição de seu ministro do Interior. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.