Navio de ONG Lifeline chegará ainda hoje em Malta
ROMA E PARIS, 27 JUN (ANSA) - Após seis dias de espera no Mar Mediterrâneo e pivô de um imbróglio político, o navio da ONG alemã Lifeline recebeu autorização para atracar hoje (27) em Malta e desembarcar 250 imigrantes, em mais um episódio da crise migratória na Europa. Em coletiva de imprensa, o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, disse que a "culpa" de toda a confusão envolvendo a embarcação é do capitão do navio, que teria ignorado orientações de deixar o resgate por conta da Líbia. A ONG teria fretado um barco holandês para realizar resgates no Mediterrâneo. Segundo Muscat, a embarcação deverá ser "apreendida" até que a investigação da justiça de Malta se conclua, já que "a Holanda confirmou oficialmente que o navio não é registrado no país" e que se trata de "um barco privado para uso recreativo que, como tal, não poderia fazer interceptações de naufrágios". "O navio ilegal da Lifeline chegará a Malta e, ali, será apreendido para acertamentos. Outro sucesso do governo italiano.
Depois anos de palavras, em um mese chegamos aos fatos", disse, por sua vez, o minitro do Interior da Itália e vice-premier, Matteo Salvini.
No cargo há um mês, Salvini tem proibido que os barcos que resgatam imigrantes no Mediterrâneo desemarquem na Itália, mudando a política até então do país de receber todas as embarcações.
A decisão causou um choque entre as nações da União Europeia, que estão sendo obrigados a acolherem os imigrantes que ficam dias em alto mar, à espera de autorização.
A França receberá cerca de 50 imigrantes da Lifeline, informou o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux. Ao todo, oito países se colocaram à disposição para distribuir os estrangeiros: Bélgica, Malta, Itália, França, Irlanda, Luxembugo, Portugal e Holanda.
A Alemanha, porém, não entrará na divisão. De acordo cm boatos de bastidores, o ministro do Interior de Berlim, Horst Seehofer, teria se oposto ao acordo de divisão mediado pelos governos da Itália e França.
Em um comunicado, o porta-voz da Lifeline, Axel Steier, disse que o Seehofer "age como uma versão alemã do colega italiano Salvini e faz o governo alemã de cúmplice na falta de assistência a pessoas em perigo".
Em entrevista à ANSA, Steier havia afrmado que Seehofer estava impedindo a Alemanha de participar de um acordo com os outros países europeus para a distribuição dos imigrantes a bordo do navio.
Mas a agência de notícias DPA disse que Seehofer seria favorável ao acolhimento dos imigrantes, "mas sob uma série de condiçõs, uma delas para que o navio não seja usado sucessivamente". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Depois anos de palavras, em um mese chegamos aos fatos", disse, por sua vez, o minitro do Interior da Itália e vice-premier, Matteo Salvini.
No cargo há um mês, Salvini tem proibido que os barcos que resgatam imigrantes no Mediterrâneo desemarquem na Itália, mudando a política até então do país de receber todas as embarcações.
A decisão causou um choque entre as nações da União Europeia, que estão sendo obrigados a acolherem os imigrantes que ficam dias em alto mar, à espera de autorização.
A França receberá cerca de 50 imigrantes da Lifeline, informou o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux. Ao todo, oito países se colocaram à disposição para distribuir os estrangeiros: Bélgica, Malta, Itália, França, Irlanda, Luxembugo, Portugal e Holanda.
A Alemanha, porém, não entrará na divisão. De acordo cm boatos de bastidores, o ministro do Interior de Berlim, Horst Seehofer, teria se oposto ao acordo de divisão mediado pelos governos da Itália e França.
Em um comunicado, o porta-voz da Lifeline, Axel Steier, disse que o Seehofer "age como uma versão alemã do colega italiano Salvini e faz o governo alemã de cúmplice na falta de assistência a pessoas em perigo".
Em entrevista à ANSA, Steier havia afrmado que Seehofer estava impedindo a Alemanha de participar de um acordo com os outros países europeus para a distribuição dos imigrantes a bordo do navio.
Mas a agência de notícias DPA disse que Seehofer seria favorável ao acolhimento dos imigrantes, "mas sob uma série de condiçõs, uma delas para que o navio não seja usado sucessivamente". (ANSA)
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