Salvini ironiza situação de países que 'exportam' refugiados
ROMA, 10 JUL (ANSA) - O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, ironizou nesta terça-feira (10) a situação dos países de origem dos 67 deslocados externos a bordo do navio Diciotti, da Guarda Costeira do país europeu.
As pessoas foram resgatadas por um rebocador italiano e devem chegar à península em breve. "Em qual desses países há uma guerra?", questionou Salvini no Twitter, ao elencar as nacionalidades dos migrantes forçados.
Das 67 pessoas, 23 são do Paquistão; 12, do Sudão; 10, da Líbia; sete, da Palestina; quatro, do Marrocos; quatro, da Argélia; dois, do Egito; e um de Bangladesh, Gana, Nepal, Iêmen e Chade.
O Iêmen vive uma das mais graves guerras da atualidade, que opõe rebeldes houthis apoiados pelo Irã e pelo Hezbollah a forças sunitas sustentadas pela Arábia Saudita. Já a Palestina protagoniza um conflito de décadas com Israel, e um de seus territórios, a Faixa de Gaza, foi palco de mais de 100 mortes desde março.
Outros países abrigam regimes acusados até de genocídio e crimes contra a humanidade, caso do Sudão, ou governos autoritários e marcados pela violação da liberdade de expressão ou de direitos humanos, como o Egito.
Já a Líbia existe enquanto país apenas no papel e está dividida entre facções desde a queda de Muammar Kadafi, em 2011.
Recentemente, um acordo entre o primeiro-ministro de união nacional Fayez al Sarraj, baseado em Trípoli, e o general Khalifa Haftar, que comanda o leste do país, tentou estabelecer bases para eleições, mas o sucesso do pacto ainda é incerto.
Por sua vez, o Paquistão é uma das bases do grupo fundamentalista Talibã. Nações como Argélia e Chade também abrigam movimentos terroristas, que muitas vezes obrigam pessoas a fugirem ou perseguem grupos específicos, como cristãos.
Segundo a convenção das Nações Unidas sobre o tema, tem direito a refúgio alguém que, "temendo ser perseguido por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou política, encontra-se fora do país de sua nacionalidade e não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção dessa nação".
Ou seja, refugiados não escapam necessariamente de guerras, mas também de regimes autoritários ou até de perseguições em democracias. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
As pessoas foram resgatadas por um rebocador italiano e devem chegar à península em breve. "Em qual desses países há uma guerra?", questionou Salvini no Twitter, ao elencar as nacionalidades dos migrantes forçados.
Das 67 pessoas, 23 são do Paquistão; 12, do Sudão; 10, da Líbia; sete, da Palestina; quatro, do Marrocos; quatro, da Argélia; dois, do Egito; e um de Bangladesh, Gana, Nepal, Iêmen e Chade.
O Iêmen vive uma das mais graves guerras da atualidade, que opõe rebeldes houthis apoiados pelo Irã e pelo Hezbollah a forças sunitas sustentadas pela Arábia Saudita. Já a Palestina protagoniza um conflito de décadas com Israel, e um de seus territórios, a Faixa de Gaza, foi palco de mais de 100 mortes desde março.
Outros países abrigam regimes acusados até de genocídio e crimes contra a humanidade, caso do Sudão, ou governos autoritários e marcados pela violação da liberdade de expressão ou de direitos humanos, como o Egito.
Já a Líbia existe enquanto país apenas no papel e está dividida entre facções desde a queda de Muammar Kadafi, em 2011.
Recentemente, um acordo entre o primeiro-ministro de união nacional Fayez al Sarraj, baseado em Trípoli, e o general Khalifa Haftar, que comanda o leste do país, tentou estabelecer bases para eleições, mas o sucesso do pacto ainda é incerto.
Por sua vez, o Paquistão é uma das bases do grupo fundamentalista Talibã. Nações como Argélia e Chade também abrigam movimentos terroristas, que muitas vezes obrigam pessoas a fugirem ou perseguem grupos específicos, como cristãos.
Segundo a convenção das Nações Unidas sobre o tema, tem direito a refúgio alguém que, "temendo ser perseguido por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou política, encontra-se fora do país de sua nacionalidade e não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção dessa nação".
Ou seja, refugiados não escapam necessariamente de guerras, mas também de regimes autoritários ou até de perseguições em democracias. (ANSA)
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