Premier pede que Papa afaste arcebispo australiano condenado

SYDNEY, 19 JUL (ANSA) - O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, apelou nesta quinta-feira (19) ao papa Francisco para que afaste o arcebispo de Adelaide, Philip Wilson, condenado a 12 meses de prisão por encobrir crimes de pedofilia cometidos por outro sacerdote católico.   

Wilson, o mais alto representante católico condenado por crimes relacionados à pedofilia, afirmou no início deste mês que não renunciaria ao cargo, pois iria recorrer da condenação.   

Os bispos mais próximos de Wilson já o aconselharam a renunciar, principalmente após Turnbull e outras autoridades australianas reforçarem o pedido de saída do cargo.   

"Muitos líderes pediram sua renúncia. É claro que ele deve renunciar e eu acho que agora é hora da mais alta autoridade na Igreja intervir no caso e demiti-lo", disse Turnbull.   

Após receber sua condenação, em maio, Wilson revelou que estava "ciente" dos pedidos de renúncia, mas afirmou que ele é "livre para exercitar os seus direitos legais e entrar com recursos previstos em lei".   

A arquidiocese de Adelaide não tem o poder de remover o católico, atitude que somente pode ser feito pelo Papa.   

Wilson foi condenado a 12 meses de reclusão sob acusação de ter encoberto denúncias de pedofilia cometidos em 1970 pelo sacerdote James Fletcher, já morto. O juiz do caso, Roberto Stones, não sabe ainda se o católico cumprirá pena domiciliar ou em um centro alternatino de detenção.   

O caso ganhará outro episódio no dia 14 de agosto, quando uma audiência irá resolver a questão da forma na qual Wilson cumprirá a pena.(ANSA) Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.