Mortes no Mediterrâneo já passam de 1,5 mil em 2018
GENEBRA, 27 JUL (ANSA) - Mais de 1,5 mil pessoas já morreram em 2018 tentando atravessar o Mediterrâneo para buscar proteção ou melhores condições de vida na Europa, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com a entidade, o balanço deste ano já contabiliza 1.504 fatalidades, queda de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado (2.408). No entanto, essa redução se deve sobretudo à desaceleração dos fluxos migratórios no Mediterrâneo: em 2018, 55.001 pessoas conseguiram completar a travessia, quase a metade das 115.796 do mesmo período do ano passado.
Em termos proporcionais, 2,66% dos migrantes forçados que tentaram cruzar o mar em 2018 morreram. Nos sete primeiros meses de 2017, esse índice foi de 2,03%. Junho passado, com 629 mortes, foi o mês mais letal no Mediterrâneo desde novembro de 2016.
Mudança de tendência - As estatísticas da OIM também revelam que a Espanha ultrapassou a Itália como principal destino das "viagens da morte". Desde o início deste ano, 20.992 pessoas fizeram a rota do Mediterrâneo Ocidental, entre Marrocos e o país ibérico.
Já no Mediterrâneo Central, entre as costas de Tunísia e Líbia e da Itália, foram 18.373 chegadas, de acordo com a entidade. Por fim, na rota do Mediterrâneo Oriental, que tem Grécia e Chipre como destinos, o número de desembarques é de 15.636.
Desde a posse do novo governo, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e da ultranacionalista Liga, em 1º de junho, a Itália vem endurecendo suas políticas migratórias, o que inclui o fechamento de portos para navios de ONGs que resgatam pessoas no mar. Por outro lado, a Espanha, também sob nova gestão, do Partido Socialista Operário Espanhol (Psol) defende uma postura mais aberta, apesar da crescente tensão no país, sobretudo na fronteira terrestre com o Marrocos, em Ceuta e Melilla.
Na última quinta-feira (26), pelo menos 600 imigrantes conseguiram furar a barreira que separa o enclave espanhol de Ceuta do território marroquino. Além disso, os centros de acolhimento na Andaluzia, no sul da nação ibérica, já operam no limite. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
De acordo com a entidade, o balanço deste ano já contabiliza 1.504 fatalidades, queda de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado (2.408). No entanto, essa redução se deve sobretudo à desaceleração dos fluxos migratórios no Mediterrâneo: em 2018, 55.001 pessoas conseguiram completar a travessia, quase a metade das 115.796 do mesmo período do ano passado.
Em termos proporcionais, 2,66% dos migrantes forçados que tentaram cruzar o mar em 2018 morreram. Nos sete primeiros meses de 2017, esse índice foi de 2,03%. Junho passado, com 629 mortes, foi o mês mais letal no Mediterrâneo desde novembro de 2016.
Mudança de tendência - As estatísticas da OIM também revelam que a Espanha ultrapassou a Itália como principal destino das "viagens da morte". Desde o início deste ano, 20.992 pessoas fizeram a rota do Mediterrâneo Ocidental, entre Marrocos e o país ibérico.
Já no Mediterrâneo Central, entre as costas de Tunísia e Líbia e da Itália, foram 18.373 chegadas, de acordo com a entidade. Por fim, na rota do Mediterrâneo Oriental, que tem Grécia e Chipre como destinos, o número de desembarques é de 15.636.
Desde a posse do novo governo, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e da ultranacionalista Liga, em 1º de junho, a Itália vem endurecendo suas políticas migratórias, o que inclui o fechamento de portos para navios de ONGs que resgatam pessoas no mar. Por outro lado, a Espanha, também sob nova gestão, do Partido Socialista Operário Espanhol (Psol) defende uma postura mais aberta, apesar da crescente tensão no país, sobretudo na fronteira terrestre com o Marrocos, em Ceuta e Melilla.
Na última quinta-feira (26), pelo menos 600 imigrantes conseguiram furar a barreira que separa o enclave espanhol de Ceuta do território marroquino. Além disso, os centros de acolhimento na Andaluzia, no sul da nação ibérica, já operam no limite. (ANSA)
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