Denúncias de abuso contra freiras abalam tabu da Igreja
CIDADE DO VATICANO, 28 JUN (ANSA) - Em meio a recorrentes escândalos de pedofilia, começa a vir à tona aquele que muitos chamam de "o último tabu" da Igreja Católica: os abusos sexuais por parte de sacerdotes ou outros religiosos contra freiras.
O Vaticano, segundo uma reportagem da "Associated Press", está ciente de diversos casos de padres e bispos que violentaram mulheres que entregaram sua vida à fé, mas fez pouco para combater esse fenômeno.
Os crimes ocorreram na Europa, na África, na América do Sul e na Ásia, mostrando que o problema é global, graças ao status de segunda classe das freiras na hierarquia católica e à sua subordinação aos homens que as controlam.
No entanto, algumas religiosas estão fazendo ouvir sua voz, apoiadas pelo movimento "Me Too" ("Eu também") e pelo crescente reconhecimento de que adultos também podem ser vítimas de abusos sexuais, principalmente quando há desequilíbrio de poder em uma relação.
"Isso abriu uma grande ferida dentro de mim, eu fingia que não tinha acontecido", contou à "AP" uma freira que fora violentada por um padre enquanto confessava seus pecados. Esse crime e uma sucessiva abordagem de outro sacerdote um ano mais tarde a fizeram parar de se confessar com qualquer outro padre que não fosse seu mentor espiritual.
Além disso, nesta semana algumas freiras de uma pequena congregação chilena apareceram na televisão para relatar abusos cometidos por sacerdotes e até por superioras. Na Índia, uma freira denunciou formalmente um bispo por estupro, coisa que seria impensável um ano atrás.
O Vaticano por enquanto silencia sobre quais medidas adotará para combater os crimes, punir os culpados e cuidar das vítimas, explicando que "cabe aos dirigentes das igrejas locais sancionar os sacerdotes que abusam sexualmente de freiras". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O Vaticano, segundo uma reportagem da "Associated Press", está ciente de diversos casos de padres e bispos que violentaram mulheres que entregaram sua vida à fé, mas fez pouco para combater esse fenômeno.
Os crimes ocorreram na Europa, na África, na América do Sul e na Ásia, mostrando que o problema é global, graças ao status de segunda classe das freiras na hierarquia católica e à sua subordinação aos homens que as controlam.
No entanto, algumas religiosas estão fazendo ouvir sua voz, apoiadas pelo movimento "Me Too" ("Eu também") e pelo crescente reconhecimento de que adultos também podem ser vítimas de abusos sexuais, principalmente quando há desequilíbrio de poder em uma relação.
"Isso abriu uma grande ferida dentro de mim, eu fingia que não tinha acontecido", contou à "AP" uma freira que fora violentada por um padre enquanto confessava seus pecados. Esse crime e uma sucessiva abordagem de outro sacerdote um ano mais tarde a fizeram parar de se confessar com qualquer outro padre que não fosse seu mentor espiritual.
Além disso, nesta semana algumas freiras de uma pequena congregação chilena apareceram na televisão para relatar abusos cometidos por sacerdotes e até por superioras. Na Índia, uma freira denunciou formalmente um bispo por estupro, coisa que seria impensável um ano atrás.
O Vaticano por enquanto silencia sobre quais medidas adotará para combater os crimes, punir os culpados e cuidar das vítimas, explicando que "cabe aos dirigentes das igrejas locais sancionar os sacerdotes que abusam sexualmente de freiras". (ANSA)
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