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Igreja Católica critica lei de Israel sobre 'Estado-Nação'

30/07/2018 10h26

TEL AVIV, 30 JUL (ANSA) - A Igreja Católica chamou nesta segunda-feira (30) de "discriminatória" a lei aprovada pelo Parlamento de Israel que define o país como "Estado-Nação do povo judeu".   

O texto, chancelado pelo poder Legislativo em 19 de julho, estabelece o hebraico como única língua oficial do país - o árabe é rebaixado a uma categoria "especial" - e diz que o direito a "exercer a autodeterminação nacional no Estado de Israel é exclusivo do povo judeu".   

Além disso, estimula a criação de novos assentamentos judaicos em territórios palestinos. "A lei que qualifica Israel como Estado-Nação do povo judeu é discriminatória e causa profunda preocupação", diz uma nota do Patriarcado Latino de Jerusalém, arquidiocese católica na cidade sagrada.   

Segundo o comunicado, a nova lei "manda um sinal inequívoco" aos palestinos de Israel de que "neste país eles não estão em casa".   

"A lei se abstém de assegurar garantias constitucionais para os direitos das minorias indígenas e outras que vivem no país. Os palestinos cidadãos de Israel, 20% da população, são excluídos de maneira flagrante", diz o Patriarcado.   

A arquidiocese católica em Jerusalém ainda afirma que o projeto define que "não há direitos iguais para judeus e árabes". "Os cristãos de Israel têm as mesmas preocupações em relação a esta lei e apelam aos israelenses que ainda acreditam na igualdade entre cidadãos da mesma nação para que deem voz à sua oposição", acrescenta.   

Para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a aprovação do projeto é um evento "histórico", mas a medida recebeu críticas do presidente Reuven Rivlin. (ANSA)
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