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Organização tenta vender relíquias do Titanic nos EUA

30/07/2018 13h42

NOVA YORK 30 JUL (ANSA) - Importantes relíquias do famoso transatlântico Titanic correm o risco de ser dispersadas pelo mercado. A empresa Atlanta Premier Exhibitions, que detém os direitos desses objetos nos EUA, declarou falência e pediu à Justiça autorização para vender as peças e saldar suas dívidas.   


Um grupo de museus britânicos, que inclui o Museu Nacional Marítimo, em Greenwich, e o Museu do Titanic, em Belfast, angariou US$ 20 milhões para adquirir os milhares de artefatos, dentre decorações, molduras das cabines de primeira classe e objetos pessoais colhidos do fundo do oceano.   


Nessa empreitada para salvar as lembranças, participam o diretor do filme homônimo James Cameron e o arqueólogo Robert Ballard, explorador que localizou o transatlântico, em 1985.   


O Titanic afundou no dia 15 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, de Southampton a Nova York. A tentativa de manter todas as mais de 50 mil peças unidas tem o objetivo de conservar os objetos em domínio público e evitar que eles se espalhem entre colecionadores privados.   


"A história do Titanic capturou a imaginação e o coração de milhões de pessoas em todo o mundo. Ela teve um papel importante na minha vida como cineasta e como explorador do fundo dos oceanos", declarou Cameron, que dirigiu Leonardo DiCaprio e Kate Winslet em 1997.   


Já segundo Ballard, a iniciativa do museu é a única maneira de unir uma coleção que merece "voltar para o lugar de onde iniciou a viagem", se referindo ao Museu de Belfast, perto do local em que o navio foi construído.   


A Premier Exhibitions, que já girou o mundo com a coleção de artefatos, tem ativa outra exposição itinerante, a controversa "Bodies". A mostra é composta por cadáveres humanos e partes do corpo conservados com a técnica da plastinação, que mantém os tecidos intactos. (ANSA)
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