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Relatório independente aumenta dúvidas sobre voo MH370

30/07/2018 09h07

KUALA LUMPUR, 30 JUL (ANSA) - Um relatório produzido por investigadores independentes afirma que não é possível excluir a hipótese de participação de "terceiros" no desaparecimento do voo MH370, da Malaysia Airlines, que sumiu em 8 de março de 2014, com 239 pessoas a bordo.   

O documento foi divulgado nesta segunda-feira (30) e confirma a versão do governo da Malásia de que o avião, um Boeing 777, foi desviado da rota deliberadamente e voou por mais sete horas depois de interromper as comunicações. No entanto, faz a ressalva de que a "possibilidade de uma intervenção por parte de terceiros não pode ser excluída".   

O relatório foi elaborado por uma equipe internacional de 19 membros e determina que a causa do desaparecimento não pode ser confirmada até que se encontre os destroços e as caixas-pretas da aeronave. O inquérito ainda aponta que não há evidências de comportamento anormal ou estresse que pudessem levar os dois pilotos - ou um deles - a sequestrarem o avião.   

Além disso, nenhum dos passageiros tinha treinamento para pilotar um Boeing 777. "Não somos da opinião de que pode ter sido um evento causado pelo piloto", afirmou o líder dos investigadores, Kok Soo Chon. Como possibilidade de ação de terceiros, ele citou a hipótese de que alguém tenha feito os pilotos como reféns, mas com a ressalva de que nenhum grupo reivindicou o sequestro.   

O voo MH370 fazia a rota entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, mas, em vez de seguir para o norte, o avião foi desviado para o sul, voando até ficar sem combustível.   

Acredita-se que a aeronave tenha caído no Oceano Índico meridional.   

A tese mais aceita até agora era de que um dos pilotos tivesse deliberadamente despressurizado o Boeing 777 para deixar seus ocupantes sem consciência e voado até acabar o combustível, em um ato suicida.   

Alguns destroços foram encontrados por acaso na ilha francesa de La Réunion, em Moçambique e em Madagascar, no Índico, mas a aeronave segue desaparecida. (ANSA)
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