ONU pede julgamento por genocídio de rohingyas em Myanmar
GENEBRA, 27 AGO (ANSA) - A Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que os líderes militares de Myanmar tiveram "intenção genocida" contra a minoria muçulmana rohingya e que devem ser julgados por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio. A conclusão sobre o conflito em Myanmar foi divulgada nessa segunda-feira (27), em um relatório do Conselho para os Direitos Humanos das Nações Unidas, criado em março de 2017. Segundo a ONU, o comandante em chefe de Myanmar, Min Aung Hlaing, e cinco militares de alto escalão precisam ser julgados pela matança da minoria muçulmana no país.
De acordo com a entidade, a líder política Aung San Suu Kyi também "não usou sua posição de chefe do governo de facto, nem sua autoridade moral, para impedir os eventos em curso no estado de Rakhine" contra os rohingya.
"As autoridades civis do país tinham pouca margem de ação, mas, através de suas omissões, contribuíram para que os crimes atrozes fossem cometidos", disse o relatório.
Mais de 700 mil rohingyas tiveram que fugir de Myanmar entre agosto e dezembro de 2017, devido a uma ofensiva desproporcional do Exército contra ataques a postos policiais cometidos por rebeldes rohingyas. Os militares perseguiram, principalmente, os rohingyas do estado de Rakhine, no oeste o país, mas também em Kachin e Shan. "Os crimes cometidos no estado de Rakhine, e a maneira como foram perpetrados, são de similares em natureza, gravidade e alcance aos que permitiram estabelecer um genocídio intencional em outros contextos", argumentou a ONU. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
De acordo com a entidade, a líder política Aung San Suu Kyi também "não usou sua posição de chefe do governo de facto, nem sua autoridade moral, para impedir os eventos em curso no estado de Rakhine" contra os rohingya.
"As autoridades civis do país tinham pouca margem de ação, mas, através de suas omissões, contribuíram para que os crimes atrozes fossem cometidos", disse o relatório.
Mais de 700 mil rohingyas tiveram que fugir de Myanmar entre agosto e dezembro de 2017, devido a uma ofensiva desproporcional do Exército contra ataques a postos policiais cometidos por rebeldes rohingyas. Os militares perseguiram, principalmente, os rohingyas do estado de Rakhine, no oeste o país, mas também em Kachin e Shan. "Os crimes cometidos no estado de Rakhine, e a maneira como foram perpetrados, são de similares em natureza, gravidade e alcance aos que permitiram estabelecer um genocídio intencional em outros contextos", argumentou a ONU. (ANSA)
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