Papa culpa pedofilia por queda no número de padres
CIDADE DO VATICANO, 29 AGO (ANSA) - O papa Francisco voltou nesta quarta-feira (29) a se pronunciar sobre o escândalo de pedofilia na Igreja Católica, após ter sido acusado pelo arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico em Washington (EUA), de ter acobertado abusos sexuais cometidos pelo ex-cardeal norte-americano Theodore McCarrick.
Em sua audiência geral semanal, no Vaticano, o Pontífice disse que as autoridades eclesiásticas "não souberam enfrentar esses crimes de maneira adequada" e citou o caso da Irlanda, país do qual voltou recentemente e onde os escândalos causaram "dor e sofrimento".
"O encontro com alguns sobreviventes me deixou uma marca profunda. Em diversas ocasiões pedi perdão ao Senhor por esses pecados, pelo escândalo e pelo senso de traição. Os bispos irlandeses iniciaram um sério percurso de purificação e reconciliação com aqueles que sofreram abusos", disse.
O Papa ainda afirmou que "esses problemas" estão entre os motivos da queda do número de padres. "Na Irlanda há fé, há gente de fé, é uma fé com grandes raízes, mas há poucas vocações para o sacerdócio", acrescentou.
A acusação contra o Papa está em uma carta de 11 páginas divulgada no último fim de semana e escrita por Viganò, ligado às alas conservadoras da Igreja e opositor de Francisco dentro do clero.
Segundo o documento, o arcebispo alertou Jorge Bergoglio logo no início de seu pontificado de que Bento XVI havia ordenado que McCarrick, hoje com 88 anos, adotasse uma vida de reclusão e penitência por causa das denúncias de que teria abusado de seminaristas e jovens padres.
Mais tarde, o prelado norte-americano seria também acusado de violentar um adolescente na década de 1970, o que o faria ser tirado do colégio cardinalício, em julho passado. De acordo com Viganò, Francisco não tomou na época nenhuma atitude contra McCarrick. "Falei porque agora a corrupção chegou às lideranças da hierarquia da Igreja", disse o arcebispo em entrevista ao jornalista Aldo Maria Valli.
O escândalo estourou enquanto o Papa visitava a Irlanda, país onde pediu desculpas em diversas ocasiões pelos crimes de pedofilia e abuso sexual na Igreja. Na viagem de volta a Roma, Bergoglio afirmou que a carta de Viganò "fala por si" e que não faria comentários a respeito. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Em sua audiência geral semanal, no Vaticano, o Pontífice disse que as autoridades eclesiásticas "não souberam enfrentar esses crimes de maneira adequada" e citou o caso da Irlanda, país do qual voltou recentemente e onde os escândalos causaram "dor e sofrimento".
"O encontro com alguns sobreviventes me deixou uma marca profunda. Em diversas ocasiões pedi perdão ao Senhor por esses pecados, pelo escândalo e pelo senso de traição. Os bispos irlandeses iniciaram um sério percurso de purificação e reconciliação com aqueles que sofreram abusos", disse.
O Papa ainda afirmou que "esses problemas" estão entre os motivos da queda do número de padres. "Na Irlanda há fé, há gente de fé, é uma fé com grandes raízes, mas há poucas vocações para o sacerdócio", acrescentou.
A acusação contra o Papa está em uma carta de 11 páginas divulgada no último fim de semana e escrita por Viganò, ligado às alas conservadoras da Igreja e opositor de Francisco dentro do clero.
Segundo o documento, o arcebispo alertou Jorge Bergoglio logo no início de seu pontificado de que Bento XVI havia ordenado que McCarrick, hoje com 88 anos, adotasse uma vida de reclusão e penitência por causa das denúncias de que teria abusado de seminaristas e jovens padres.
Mais tarde, o prelado norte-americano seria também acusado de violentar um adolescente na década de 1970, o que o faria ser tirado do colégio cardinalício, em julho passado. De acordo com Viganò, Francisco não tomou na época nenhuma atitude contra McCarrick. "Falei porque agora a corrupção chegou às lideranças da hierarquia da Igreja", disse o arcebispo em entrevista ao jornalista Aldo Maria Valli.
O escândalo estourou enquanto o Papa visitava a Irlanda, país onde pediu desculpas em diversas ocasiões pelos crimes de pedofilia e abuso sexual na Igreja. Na viagem de volta a Roma, Bergoglio afirmou que a carta de Viganò "fala por si" e que não faria comentários a respeito. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.