Vice-premier da Itália cobra ministro para 'achar dinheiro'
ROMA, 19 SET (ANSA) - O ministro do Trabalho e vice-premier da Itália, Luigi Di Maio, cobrou o ministro de Economia Giovanni Tria para ele "encontrar o dinheiro" para financiar as promessas eleitorais do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) na Lei Orçamentária para o ano que vem.
Pressionado pelo sucesso de seu colega, o ministro do Interior e também vice-premier Matteo Salvini, da ultranacionalista Liga, Di Maio vem buscando acelerar a implantação de bandeiras do M5S, como a "renda de cidadania" e o piso de 780 euros para as aposentadorias.
No entanto, a Itália ainda enfrenta um cenário de baixo crescimento econômico e elevada dívida pública - 130% do PIB, a segunda maior da zona do euro -, o que tem feito Tria, economista independente, adotar um tom mais cauteloso.
"Os italianos em dificuldade não podem mais esperar, o Estado não pode mais deixá-los sozinhos, e um ministro sério deve encontrar o dinheiro", declarou Di Maio, durante uma missão oficial na China. O maior desafio de Tria é achar os recursos para cobrir os programas desejados pelo M5S, ao mesmo tempo em que a Liga busca implantar um sistema de alíquota única no imposto de renda.
A Itália está vinculada ao Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia, que obriga os Estados-membros a manterem a dívida pública em até 60% do PIB e o déficit fiscal em até 3%.
No entanto, para não fazer seu débito já elevado subir ainda mais, o país precisa segurar o déficit estrutural (que exclui medidas emergenciais e efeitos da conjuntura econômica) em pouco mais de 1%, número considerado baixo por Di Maio e Salvini.
"Não podemos esperar dois ou três anos para manter as promessas.
Por isso precisamos ter um pouco de déficit para voltar a fazer a dívida cair um ou dois anos depois. Essa é nossa intenção, sem fazer nenhuma manobra destrutiva para a economia", garantiu o ministro do Trabalho.
O M5S entrou no governo como o partido mais votado do país, mas as pesquisas mostram que a Liga, com o bloqueio dos portos para migrantes forçados imposto por Salvini, já ultrapassou a popularidade do movimento antissistema.
"Diminuir a dívida pública é um compromisso nosso, mas uma lei orçamentária não se faz para reduzir o débito, e sim para iniciar medidas importantes e manter as promessas para melhorar a qualidade de vida", acrescentou Di Maio.
O M5S deseja obter ao menos 10 bilhões de euros para financiar a renda de cidadania, projeto que distribuirá um valor fixo mensal a todos que recebem menos de 780 euros por mês. Tria, por sua vez, estaria disposto a aumentar o orçamento da "renda de inclusão", programa social do governo anterior, em apenas 1 bilhão de euros. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Pressionado pelo sucesso de seu colega, o ministro do Interior e também vice-premier Matteo Salvini, da ultranacionalista Liga, Di Maio vem buscando acelerar a implantação de bandeiras do M5S, como a "renda de cidadania" e o piso de 780 euros para as aposentadorias.
No entanto, a Itália ainda enfrenta um cenário de baixo crescimento econômico e elevada dívida pública - 130% do PIB, a segunda maior da zona do euro -, o que tem feito Tria, economista independente, adotar um tom mais cauteloso.
"Os italianos em dificuldade não podem mais esperar, o Estado não pode mais deixá-los sozinhos, e um ministro sério deve encontrar o dinheiro", declarou Di Maio, durante uma missão oficial na China. O maior desafio de Tria é achar os recursos para cobrir os programas desejados pelo M5S, ao mesmo tempo em que a Liga busca implantar um sistema de alíquota única no imposto de renda.
A Itália está vinculada ao Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia, que obriga os Estados-membros a manterem a dívida pública em até 60% do PIB e o déficit fiscal em até 3%.
No entanto, para não fazer seu débito já elevado subir ainda mais, o país precisa segurar o déficit estrutural (que exclui medidas emergenciais e efeitos da conjuntura econômica) em pouco mais de 1%, número considerado baixo por Di Maio e Salvini.
"Não podemos esperar dois ou três anos para manter as promessas.
Por isso precisamos ter um pouco de déficit para voltar a fazer a dívida cair um ou dois anos depois. Essa é nossa intenção, sem fazer nenhuma manobra destrutiva para a economia", garantiu o ministro do Trabalho.
O M5S entrou no governo como o partido mais votado do país, mas as pesquisas mostram que a Liga, com o bloqueio dos portos para migrantes forçados imposto por Salvini, já ultrapassou a popularidade do movimento antissistema.
"Diminuir a dívida pública é um compromisso nosso, mas uma lei orçamentária não se faz para reduzir o débito, e sim para iniciar medidas importantes e manter as promessas para melhorar a qualidade de vida", acrescentou Di Maio.
O M5S deseja obter ao menos 10 bilhões de euros para financiar a renda de cidadania, projeto que distribuirá um valor fixo mensal a todos que recebem menos de 780 euros por mês. Tria, por sua vez, estaria disposto a aumentar o orçamento da "renda de inclusão", programa social do governo anterior, em apenas 1 bilhão de euros. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.