Após escândalo, M5S quer abolir 'Ordem dos Jornalistas'
ROMA, 25 SET (ANSA) - O Movimento 5 Estrelas (M5S) condenou nesta terça-feira (25) a Ordem dos Jornalistas da Itália e afirmou que está prestes a abolir o conselho nacional, após o vazamento de um áudio do porta-voz do primeiro-ministro da Itália, Rocco Casalino, no qual ele faz acusações contra o Ministério de Economia e Finanças (MEF).
"Pra que serve a Ordem dos Jornalistas se ela não sanciona a disseminação de notícias falsas e o comportamento antiético dos jornalistas motivados apenas pelos interesses do partido e não pelo desejo de informar os cidadãos", diz a nota da legenda liderada por Luigi Di Maio.
"A medida já está na mesa do governo", acrescentou.
No último sábado (22), o jornal italiano "La Repubblica" publicou uma gravação de Casalino destinada a dois jornalistas do "HuffPost". Na mensagem, o porta-voz de Giuseppe Conte acusa os representantes do MEF de quererem impedir os planos do M5S e afirma que a legenda irá desencadear uma "vingança" contra esses "pedaços de merda". A mensagem é parte da discussão sobre a lei orçamentária. A decisão de abolição acontece após a "Ordem dos Jornalistas da Lombardia iniciar uma investigação contra Casalino, depois da polêmica. Para o M5S, a instituição não pune os "jornalistas antiéticos".
"A ameaça de abolir a ordem dos jornalistas avança hoje. Uma profissão importante no plano social, cultural e democrático, que é a de jornalista, não pode ser exercida sem haver um ponto de referência capaz de garantir a qualidade de informação divulgada", afirmou Andrea Mandelli, líder do M5S.
No entanto, a proposta do M5S desencadeou diversas críticas. "É cada vez mais preocupante o M5S fazer campanha contra a liberdade de imprensa", ataca Maurizio Lupi.
"A Ordem dos Jornalistas lida com o caso Casalino e o M5S intervém ameaçando revogar a ordem de jornalistas", disse a deputada do Forza Itália, Elvira Savino. Em nota, o presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Jornalistas, Carlo Verna, afirmou que o relatório feito sobre Casalno não é de "nenhuma maneira uma grande penalidade, mas simplesmente uma verificação da correção necessária de conduta profissional, que pode ser proposta por qualquer cidadão".
"Acredito que a Itália democrática deve reagir à única ideia que se possa governar pelo processo de vingança. Jornalistas italianos não serão intimidados", finalizou. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Pra que serve a Ordem dos Jornalistas se ela não sanciona a disseminação de notícias falsas e o comportamento antiético dos jornalistas motivados apenas pelos interesses do partido e não pelo desejo de informar os cidadãos", diz a nota da legenda liderada por Luigi Di Maio.
"A medida já está na mesa do governo", acrescentou.
No último sábado (22), o jornal italiano "La Repubblica" publicou uma gravação de Casalino destinada a dois jornalistas do "HuffPost". Na mensagem, o porta-voz de Giuseppe Conte acusa os representantes do MEF de quererem impedir os planos do M5S e afirma que a legenda irá desencadear uma "vingança" contra esses "pedaços de merda". A mensagem é parte da discussão sobre a lei orçamentária. A decisão de abolição acontece após a "Ordem dos Jornalistas da Lombardia iniciar uma investigação contra Casalino, depois da polêmica. Para o M5S, a instituição não pune os "jornalistas antiéticos".
"A ameaça de abolir a ordem dos jornalistas avança hoje. Uma profissão importante no plano social, cultural e democrático, que é a de jornalista, não pode ser exercida sem haver um ponto de referência capaz de garantir a qualidade de informação divulgada", afirmou Andrea Mandelli, líder do M5S.
No entanto, a proposta do M5S desencadeou diversas críticas. "É cada vez mais preocupante o M5S fazer campanha contra a liberdade de imprensa", ataca Maurizio Lupi.
"A Ordem dos Jornalistas lida com o caso Casalino e o M5S intervém ameaçando revogar a ordem de jornalistas", disse a deputada do Forza Itália, Elvira Savino. Em nota, o presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Jornalistas, Carlo Verna, afirmou que o relatório feito sobre Casalno não é de "nenhuma maneira uma grande penalidade, mas simplesmente uma verificação da correção necessária de conduta profissional, que pode ser proposta por qualquer cidadão".
"Acredito que a Itália democrática deve reagir à única ideia que se possa governar pelo processo de vingança. Jornalistas italianos não serão intimidados", finalizou. (ANSA)
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