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Ossos no Vaticano podem ser de jovem desaparecida há 35 anos

30/10/2018 19h03

CIDADE DO VATICANO, 30 OUT (ANSA) - As autoridades da Itália estão investigando a descoberta de alguns ossos encontrados na área extraterritorial do Vaticano, em um prédio de propriedade da Santa Sé, nesta terça-feira (30), informaram fontes oficiais à ANSA.   

De acordo com os primeiros relatos, ainda não há como saber ao certo de quando esses vestígios datam e se dizem respeito a apenas uma pessoa. A expectativa do Ministério Público de Roma é de que os restos mortais possam ser compatíveis com o DNA de Mirella Gregori ou da famosa Emanuela Orlandi, desaparecidas no Vaticano há mais de 30 anos. As investigações apuram um homicídio e ocorrem em colaboração com o judiciário italiano. A equipe analisa partes de crânio e dentes para tentar descobrir a identidade dos ossos. Emanuela Orlandi era uma adolescente de 15 anos com cidadania vaticana quando desapareceu no dia 22 de junho de 1983. Ela era filha de um funcionário da Prefeitura da Casa Pontifícia e residia dentro dos muros do Vaticano. Até hoje o caso permanece sem solução. No ano passado, a família de Orlandi pediu uma audiência com o secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, para cobrar o acesso a eventuais documentos secretos sobre o crime. O pedido foi feito por Pietro Orlandi, irmão de Emanuela, motivado por rumores de que haveria um "dossiê" sobre o desaparecimento e as investigações subsequentes. O caso é um dos mais emblemáticos e misteriosos da Justiça da Itália e já deu combustível a diversas teorias da conspiração, principalmente por envolver a filha de um funcionário da Igreja Católica. Além disso, foi tema de um filme de Roberto Faenza lançado em 2016, "A verdade está no céu". (ANSA)
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