Itália quer rever empréstimo de obras de Leonardo ao Louvre
SÃO PAULO, 21 NOV (ANSA) - Já em pé de guerra por causa da crise migratória e da disputa entre nacionalismo e europeísmo, Itália e França protagonizam uma nova frente de batalha, desta vez na cultura.
A subsecretária do Ministério dos Bens Culturais italiano, Lucia Borgonzoni, do partido ultranacionalista Liga, quer rever um acordo assinado pelo governo anterior, em 2017, que prevê o empréstimo de obras de Leonardo Da Vinci ao Museu do Louvre, em Paris, para uma exposição em celebração pelos 500 anos da morte do artista.
A mostra acontecerá em setembro de 2019, e a Itália havia aceitado ceder à França temporariamente todas as pinturas e desenhos de Da Vinci em seu poder, à exceção da Adoração dos Magos, que está nas Gallerie degli Uffizi, em Florença, e é irremovível.
Isso incluiria obras célebres do gênio renascentista, como o "Homem Vitruviano", exposto na Galeria da Academia, em Veneza, e a "Anunciação", propriedade dos Uffizi. Mas, segundo Borgonzoni, o novo governo nacionalista da Itália não quer manter o acordo.
"Leonardo é italiano, ele só morreu na França. Ele não é 'Leonardô', como eles dizem, e dar todos esses quadros ao Louvre significa colocar a Itália à margem de um grande evento cultural. É preciso rediscutir tudo. No respeito da autonomia dos museus, o interesse nacional não pode ficar em segundo plano, os franceses não podem ter tudo", disse a subsecretária ao jornal "Corriere Della Sera".
O acordo foi estipulado na gestão do ministro Dario Franceschini, de centro-esquerda, e prevê que, como contrapartida, o Louvre emprestará à Itália obras de Rafael para uma grande exposição sobre o mestre em 2020, em Roma.
Desde a posse do novo governo italiano, em junho, a França virou um de seus alvos preferidos, a ponto de o presidente Emmanuel Macron se colocar publicamente como principal adversário dos populistas, capitaneados pelo ministro do Interior Matteo Salvini, secretário da Liga.
O também vice-premier italiano, por sua vez, já chamou Macron de "hipócrita falastrão" e de "senhorzinho educado que se excede no champanhe". A França acusa a Itália de violar leis internacionais ao impedir o desembarque de migrantes resgatados no Mediterrâneo, enquanto Roma denuncia Paris pelo suposto bloqueio de solicitantes de refúgio na fronteira entre os dois países. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A subsecretária do Ministério dos Bens Culturais italiano, Lucia Borgonzoni, do partido ultranacionalista Liga, quer rever um acordo assinado pelo governo anterior, em 2017, que prevê o empréstimo de obras de Leonardo Da Vinci ao Museu do Louvre, em Paris, para uma exposição em celebração pelos 500 anos da morte do artista.
A mostra acontecerá em setembro de 2019, e a Itália havia aceitado ceder à França temporariamente todas as pinturas e desenhos de Da Vinci em seu poder, à exceção da Adoração dos Magos, que está nas Gallerie degli Uffizi, em Florença, e é irremovível.
Isso incluiria obras célebres do gênio renascentista, como o "Homem Vitruviano", exposto na Galeria da Academia, em Veneza, e a "Anunciação", propriedade dos Uffizi. Mas, segundo Borgonzoni, o novo governo nacionalista da Itália não quer manter o acordo.
"Leonardo é italiano, ele só morreu na França. Ele não é 'Leonardô', como eles dizem, e dar todos esses quadros ao Louvre significa colocar a Itália à margem de um grande evento cultural. É preciso rediscutir tudo. No respeito da autonomia dos museus, o interesse nacional não pode ficar em segundo plano, os franceses não podem ter tudo", disse a subsecretária ao jornal "Corriere Della Sera".
O acordo foi estipulado na gestão do ministro Dario Franceschini, de centro-esquerda, e prevê que, como contrapartida, o Louvre emprestará à Itália obras de Rafael para uma grande exposição sobre o mestre em 2020, em Roma.
Desde a posse do novo governo italiano, em junho, a França virou um de seus alvos preferidos, a ponto de o presidente Emmanuel Macron se colocar publicamente como principal adversário dos populistas, capitaneados pelo ministro do Interior Matteo Salvini, secretário da Liga.
O também vice-premier italiano, por sua vez, já chamou Macron de "hipócrita falastrão" e de "senhorzinho educado que se excede no champanhe". A França acusa a Itália de violar leis internacionais ao impedir o desembarque de migrantes resgatados no Mediterrâneo, enquanto Roma denuncia Paris pelo suposto bloqueio de solicitantes de refúgio na fronteira entre os dois países. (ANSA)
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