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Piaggio Aerospace pede intervenção do governo italiano

23/11/2018 13h23

VILLANOVA D'ALBENGA E ROMA, 23 NOV (ANSA) - O conselho de administração da Piaggio Aerospace, uma das principais empresas do setor aeroespacial na Itália, aprovou nesta quinta-feira (22) um pedido de intervenção do governo nacional, em função de uma crise que a deixou à beira da insolvência.   

Em um comunicado, a companhia diz que "a contínua incerteza e as atuais condições de mercado" impedem que ela seja "financeiramente sustentável".   

"O conselho da Piaggio Aerospace decidiu assumir a difícil decisão de pedir ao Mise [Ministério do Desenvolvimento Econômico] para entrar no procedimento de administração extraordinária, dado o estado de insolvência da sociedade", afirma o comunicado.   

Fundada em 1884, pelo empreendedor Rinaldo Piaggio (1864-1938), a companhia se tornou um dos ícones do capitalismo italiano ao lançar a scooter Vespa, em 1946. Em 1964, a divisão de motocicletas se separou do grupo, dando origem àquela que é hoje a Piaggio.   

O braço aeroespacial continuou operando e, em 2014, após ter sido comprado pelo Mubadala Development Company, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, foi rebatizado como Piaggio Aerospace.   

"O governo acompanha de perto o caso da Piaggio Aerospace, empresa estratégica e líder no setor de inovação. Nossa prioridade é a proteção e estabilidade dos trabalhadores", diz uma nota conjunta do premier Giuseppe Conte e do ministro do Desenvolvimento Econômico Luigi Di Maio.   

A sede da companhia, situada em Villanova d'Albenga, na região da Ligúria, emprega mais de mil trabalhadores. Atualmente, a principal linha aérea da Itália, a Alitalia, já está há um ano e meio sob intervenção do governo, que vem enfrentando dificuldades para vendê-la.   

A hipótese mais provável é de que a Alitalia passe para a estatal Ferrovie dello Stato, mas em parceria com algum grupo industrial privado. A Piaggio Aerospace se concentra hoje no mercado militar e de drones. (ANSA)
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