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'Battisti será encontrado, mas talvez fora do país', diz PF

21/12/2018 15h36

BRASÍLIA, 21 DEZ (ANSA) - O diretor da Polícia Federal (PF), Rogério Galloro, disse nesta sexta-feira (21) que o italiano Cesare Battisti ainda será encontrado, mas admitiu que o ex-guerrilheiro condenado na Itália à prisão perpétua pode estar em outro país.   


"Acredito, sim, que ele vai ser encontrado. Não sei se no território brasileiro, mas ele será encontrado em razão dessa cooperação que existe entre as forças brasileiras e as internacionais", afirmou o chefe da PF.   


Durante coletiva de imprensa em Brasília, Galloro ainda explicou que as autoridades já realizaram pelo menos 32 operações para tentar encontrar Battisti, que está foragido há uma semana. "Já foram realizadas mais de 32 operações. Nenhuma delas logrou êxito", explicou ele, ressaltando que a polícia tem "pistas" sobre o paradeiro do italiano.   


Na quinta-feira (13) passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decretou a prisão de Battisti atendendo um pedido da Interpol. Um dia depois, o atual presidente, Michel Temer, assinou um decreto autorizando a extradição do italiano para o país europeu. Segundo Galloro, diversas polícias internacionais foram acionadas para localizar o foragido. "Se considerar o nosso histórico, em 2015 nós batemos o recorde de prisão de foragidos internacionais no Brasil e temos mantido esse número bastante alto. Tivemos muito sucesso em várias outras operações de fugitivos, como o caso do [Henrique] Pizzolato e do [Roger] Abdelmassih e tantos outros", afirmou.   


Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades italianas, ele é considerado terrorista. No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo STF.   


Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte. (ANSA)
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