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Vulcão Etna, na Itália, expele cinzas e preocupa autoridades

O observatório do Monte Etna diz que lava e cinzas estão sendo expelidas do vulcão na Sicília em meio a um nível alto de atividade sísmica - Orietta Scardino/AP
O observatório do Monte Etna diz que lava e cinzas estão sendo expelidas do vulcão na Sicília em meio a um nível alto de atividade sísmica Imagem: Orietta Scardino/AP

Ansa*

24/12/2018 11h34

O vulcão Etna, no sul da Itália, está em atividade nesta segunda-feira (24), expelindo nuvens cinzas e colocando em alerta as autoridades e a população. Uma reunião da Divisão de Crises foi convocada para ainda hoje.   

De acordo com fontes locais, uma fratura eruptiva se abriu pela manhã na base da cratera sudeste do vulcão. Os sensores do Instituto de Geofísica e Vulcanologia local registraram, a partir das 9h de Roma, uma série de movimentações sísmicas, sendo a mais forte de 4 graus de magnitude na Sicília.

"A erupção ocorreu na face do Etna, a primeira erupção lateral em mais de dez anos, mas não parece perigosa", explicou à AFP o vulcanólogo Boris Behncke, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).

Grande parte do espaço aéreo no entorno do vulcão foi fechado por falta de visibilidade. No aeroporto de Catania, no leste da ilha italiana, só eram autorizados na tarde desta segunda-feira quatro pousos por hora.

Segundo o INGV, mais de 130 abalos sísmicos foram registrados na região na manhã de segunda-feira e a mais forte atingiu magnitude 4 pouco após as 13H00 locais (10h00 de Brasília).

Depois dos tremores, houve um aumento de atividade do vulcão, que terminou com uma enorme coluna de cinzas perto das 12h00 locais (09H00 de Brasília).

No entanto, à tarde, as sacudidas sísmicas e as cinzas - provavelmente acompanhadas de lava, mesmo que a falta de visibilidade tenha impedido confirmá-lo de imediato - diminuíram, explicou o especialista.

O Etna, com 3.300 metros, é o vulcão mais ativo da Europa, com erupções frequentes, conhecidas há pelo menos 2.700 anos.

Sua última fase eruptiva foi na primavera de 2017 e a última grande erupção, no inverno de 2008/2009.

No fim de março, um estudo publicado na revista Bulletin of Volcanology revelou que o Etna desliza muito lentamente na direção do mediterrâneo, a um ritmo constante de 14 milímetros por ano.