Cardeal brasileiro diz que Igreja acoberta abusos desde 1943
CIDADE DO VATICANO, 2 JAN (ANSA) - O cardeal brasileiro João Braz de Aviz, da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada, reconheceu que o Vaticano tinha documentos que sustentavam as acusações de pedofilia contra o fundador dos Legionários de Cristo, Marcial Maciel (1920-2008), desde 1943, mas decidiu ocultá-los. "Tenho a sensação de que as denúncias de abusos vão aumentar, porque estamos apenas no início. Nos escondemos há 70 anos, o que foi um grande erro", disse Braz de Aviz em entrevista à revista católica espanhola "Vida Nueva".
Maciel era amigo de vários Papas e morreu em 2008. Ele chegou a ser investigado entre 1956 e 1959 por suspeitas de pedofilia, mas nunca sofreu nenhuma consequência. "Quem o encobria no Vaticano era uma máfia, não era a Igreja", ressaltou.
Reconhecido pelo papa João Paulo II como apóstolo da juventude durante anos, o fundador dos Legionários de Cristo resistiu a todas as suspeitas e denúncias de abusos sexuais. Somente em 2006 sua influência sofreu um enfraquecimento, quando o Papa Bento XVI assumiu à Igreja e fez uma recomendação para que ele voltasse ao México para se dedicar "à penitência e à oração".
"O que vem a nós imediatamente tem que ser ouvido. Temos que estar atentos às vítimas e não aos agressores, é isso que o Papa nos pede. A dor daqueles que sofrem esses abusos é enorme e não podemos deixá-lo ir. Nós não podemos encobrir ", acrescentou o brasileiro.
O padre mexicano nunca pediu perdão pelos crimes que cometeu e fez a ordem dos Legionários de Cristo viver um escândalo mundial devido ao seu comportamento. Maciel era acusado de abuso sexual de menores e de manter uma vida dupla, com duas esposas e vários filhos.
Na publicação, Braz de Aviz ainda garantiu que existiram provas sobre a conduta criminosa do fundador dos Legionários de Cristo que nunca foram conhecidas, porque o Vaticano acobertou todas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Maciel era amigo de vários Papas e morreu em 2008. Ele chegou a ser investigado entre 1956 e 1959 por suspeitas de pedofilia, mas nunca sofreu nenhuma consequência. "Quem o encobria no Vaticano era uma máfia, não era a Igreja", ressaltou.
Reconhecido pelo papa João Paulo II como apóstolo da juventude durante anos, o fundador dos Legionários de Cristo resistiu a todas as suspeitas e denúncias de abusos sexuais. Somente em 2006 sua influência sofreu um enfraquecimento, quando o Papa Bento XVI assumiu à Igreja e fez uma recomendação para que ele voltasse ao México para se dedicar "à penitência e à oração".
"O que vem a nós imediatamente tem que ser ouvido. Temos que estar atentos às vítimas e não aos agressores, é isso que o Papa nos pede. A dor daqueles que sofrem esses abusos é enorme e não podemos deixá-lo ir. Nós não podemos encobrir ", acrescentou o brasileiro.
O padre mexicano nunca pediu perdão pelos crimes que cometeu e fez a ordem dos Legionários de Cristo viver um escândalo mundial devido ao seu comportamento. Maciel era acusado de abuso sexual de menores e de manter uma vida dupla, com duas esposas e vários filhos.
Na publicação, Braz de Aviz ainda garantiu que existiram provas sobre a conduta criminosa do fundador dos Legionários de Cristo que nunca foram conhecidas, porque o Vaticano acobertou todas. (ANSA)
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