Final da Supercopa em Jidá é 'nojenta', diz Salvini
ROMA, 3 JAN (ANSA) - O ministro do Interior e vice-premier italiano, Matteo Salvini, classificou nesta quinta-feira (3) como "nojenta" a decisão da Federação Italiana de Futebol de realizar a final da Supercopa da Itália, entre Juventus e Milan, na cidade de Jidá, na Arábia Saudita, por causa do histórico de negação de direitos a mulheres no país do Oriente Médio.
"É triste que a Supercopa seja jogada em um país islâmico onde mulheres não podem ir a estádios a não ser que estejam acompanhadas de um homem, é nojento", disse Salvini. "Eu não vou assistir a esse jogo", acrescentou o político, que é torcedor do Milan.
Em resposta, o presidente da Lega Calcio, braço da federação italiana que organiza a Supercopa, Gaetano Micciché, disse que as mulheres vão poder assistir à partida sozinhas o que, para ele, é um fato histórico. Procurada pela ANSA, a embaixada da Arábia Saudita em Roma confirmou a decisão.
"Já é discutível o fato de dois times italianos jogarem por uma competição nacional fora do território italiano, ainda mais em um país como a Arábia Saudita, onde os mais elementares princípios e valores civis e humanos são violados, onde ainda é aplicada a pena de morte. Mesmo assim, eles aceitam jogar em frente a um público em que as mulheres são colocadas em setores separados dos homens e forçadas a estarem acompanhadas, o que é inaceitável. Como mulher, como parlamentar e como torcedora da Juventus peço às duas equipes finalistas a se recusarem a entrar em campo caso não seja garantido a todos os torcedores um tratamento igualitário e o respeito aos nossos valores fundamentais", disse a senadora do Partido Democrático (PD), Valeria Fedeli.
O jogo está marcado para o próximo dia 16, no estádio King Abdullah Sports City, em Jidá, que é dividido em setores destinados a homens e mulheres e outros onde somente homens podem entrar, mais próximos ao campo e com melhor visibilidade.
As mulheres sauditas passaram a poder frequentar estádios, desde que estejam acompanhadas, e dirigir a partir de janeiro de 2018.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"É triste que a Supercopa seja jogada em um país islâmico onde mulheres não podem ir a estádios a não ser que estejam acompanhadas de um homem, é nojento", disse Salvini. "Eu não vou assistir a esse jogo", acrescentou o político, que é torcedor do Milan.
Em resposta, o presidente da Lega Calcio, braço da federação italiana que organiza a Supercopa, Gaetano Micciché, disse que as mulheres vão poder assistir à partida sozinhas o que, para ele, é um fato histórico. Procurada pela ANSA, a embaixada da Arábia Saudita em Roma confirmou a decisão.
"Já é discutível o fato de dois times italianos jogarem por uma competição nacional fora do território italiano, ainda mais em um país como a Arábia Saudita, onde os mais elementares princípios e valores civis e humanos são violados, onde ainda é aplicada a pena de morte. Mesmo assim, eles aceitam jogar em frente a um público em que as mulheres são colocadas em setores separados dos homens e forçadas a estarem acompanhadas, o que é inaceitável. Como mulher, como parlamentar e como torcedora da Juventus peço às duas equipes finalistas a se recusarem a entrar em campo caso não seja garantido a todos os torcedores um tratamento igualitário e o respeito aos nossos valores fundamentais", disse a senadora do Partido Democrático (PD), Valeria Fedeli.
O jogo está marcado para o próximo dia 16, no estádio King Abdullah Sports City, em Jidá, que é dividido em setores destinados a homens e mulheres e outros onde somente homens podem entrar, mais próximos ao campo e com melhor visibilidade.
As mulheres sauditas passaram a poder frequentar estádios, desde que estejam acompanhadas, e dirigir a partir de janeiro de 2018.
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