Procurador-geral renuncia em meio a escândalo com Odebrecht
SÃO PAULO, 8 JAN (ANSA) - O procurador-geral do Peru, Pedro Chávarry, anunciou nesta segunda-feira (7) que deixará o cargo, após sofrer pressão popular e política para renunciar. Chávarry havia destituído, no dia 31 de dezembro, os procuradores José Domingo Pérez e Rafael Vela, responsáveis pelos desdobramentos da Operação Lava Jato no país. A decisão causou revolta e protestos que fizeram com que o presidente Martín Vizcarra cancelasse a participação na cerimônia de posse de Jair Bolsonaro, e voltasse às pressas para o país.
"Por respeito à instituição, amar a Deus e minha família, irei apresentar a minha carta de renúncia do cargo de procurador-geral", escreveu Chávarry, em sua conta pessoal no Twitter.
Após um recurso de Rafael Vela, que alegou falta de motivos para o afastamento, e uma ação de Vizcarra no Congresso, pedindo declaração de emergência na procuradoria, o que daria a ele poderes de destituir o procurador-geral, Chávarry chegou a readmitir os profissionais, mas continuou sofrendo pressão popular, com protestos pelo país que exigiam sua saída.
Pérez e Vela fecharam um acordo de leniência (delação premiada para empresas) sobre contratos que somavam US$ 30 milhões com a empreiteira brasileira Odebrecht, que assumiu em 2016 ter pago propina a políticos em troca de concessões de obras públicas. As investigações apontaram para o recebimento de subornos, lavagem de dinheiro e caixa dois em campanhas eleitorais.
Entre os acusados estão quatro ex-presidentes: Alan Garcia, Alejandro Toledo, Pedro Pablo Kuczynski e Keiko Fujimori. Desde março, o ex-procurador-geral bloqueava, com o apoio do Congresso, uma investigação contra si mesmo por supostamente fazer parte de uma máfia no Judiciário apelidada de "Colarinhos Brancos do Porto", cujo chefe seria o ex-juiz da Suprema Corte peruana, Cesar Hinostroza. Em julho ele foi afastado do cargo e, em outubro, fugiu do país. Atualmente o ex-magistrado está detido em Madri e aguarda extradição.
A procuradora Zoraida Avalos assumiu o cargo de Chávarry interinamente. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Por respeito à instituição, amar a Deus e minha família, irei apresentar a minha carta de renúncia do cargo de procurador-geral", escreveu Chávarry, em sua conta pessoal no Twitter.
Após um recurso de Rafael Vela, que alegou falta de motivos para o afastamento, e uma ação de Vizcarra no Congresso, pedindo declaração de emergência na procuradoria, o que daria a ele poderes de destituir o procurador-geral, Chávarry chegou a readmitir os profissionais, mas continuou sofrendo pressão popular, com protestos pelo país que exigiam sua saída.
Pérez e Vela fecharam um acordo de leniência (delação premiada para empresas) sobre contratos que somavam US$ 30 milhões com a empreiteira brasileira Odebrecht, que assumiu em 2016 ter pago propina a políticos em troca de concessões de obras públicas. As investigações apontaram para o recebimento de subornos, lavagem de dinheiro e caixa dois em campanhas eleitorais.
Entre os acusados estão quatro ex-presidentes: Alan Garcia, Alejandro Toledo, Pedro Pablo Kuczynski e Keiko Fujimori. Desde março, o ex-procurador-geral bloqueava, com o apoio do Congresso, uma investigação contra si mesmo por supostamente fazer parte de uma máfia no Judiciário apelidada de "Colarinhos Brancos do Porto", cujo chefe seria o ex-juiz da Suprema Corte peruana, Cesar Hinostroza. Em julho ele foi afastado do cargo e, em outubro, fugiu do país. Atualmente o ex-magistrado está detido em Madri e aguarda extradição.
A procuradora Zoraida Avalos assumiu o cargo de Chávarry interinamente. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.