UE cobra desembarque imediato de migrantes bloqueados
BRUXELAS, 08 JAN (ANSA) - A Comissão Europeia cobrou nesta terça-feira (8) o desembarque imediato dos 49 migrantes a bordo dos navios das ONGs alemãs Sea Watch e Sea Eye, que estão há vários dias em águas territoriais de Malta, mas sem permissão para atracar.
Segundo o porta-voz do poder Executivo da União Europeia, "prosseguem contatos intensos com os Estados-membros", e houve "discussões construtivas" em uma reunião com embaixadores na última segunda (7). Ainda assim, o impasse permanece.
"Os Estados devem agora mostrar solidariedade concreta, e as pessoas a bordo devem ser desembarcadas em segurança e sem mais atrasos", declarou a Comissão Europeia. Fontes que acompanham as tratativas disseram que ao menos 10 países se ofereceram para acolher os 49 migrantes, desde que o desembarque seja em Malta.
A lista incluiria Alemanha, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Romênia, mas a relação oficial não foi divulgada. O governo maltês, por sua vez, exige que as negociações envolvam outros 249 migrantes resgatados pela sua Guarda Costeira nos últimos dias.
O navio da Sea Watch carrega 32 migrantes salvos no último dia 22 de dezembro, enquanto a embarcação da Sea Eye resgatou 17 pessoas em 29 do mesmo mês. Pelas normas internacionais, pessoas tiradas do mar devem ser levadas para o porto seguro mais próximo, tarefa que recairia sobre Itália ou Malta, já que as entidades julgam que a Líbia, onde foram feitas as operações de socorro, não oferece condições mínimas de segurança.
Em entrevista à ANSA, um dirigente da Sea Eye, Gorden Isler, afirmou que as negociações são "indignas". "Passa a impressão que há uma mesa de pôquer sobre o destino das pessoas", declarou.
Números - Atualmente, o Estado-membro da UE que mais acolhe refugiados e solicitantes de refúgio em relação a sua população é a Suécia, com 292.608 (2,92% de seu total de habitantes). Em seguida aparecem Malta, com 9.378 (2,03%); Áustria, com 171.567 (1,95%); Chipre, com 15.063 (1,69%); e Alemanha, com 1.399.669 (1,69%).
A Itália é o 11º, com 353.983 (0,58%), atrás de Grécia, com 83.220 (0,77%); Dinamarca, com 39.937 (0,69%); Holanda, com 109.678 (0,64%), Luxemburgo, com 3.541 (0,59%); e França, com 400.304 (0,59%).
Já os que menos acolhem são Portugal, com 1.668 (0,01%); Eslováquia, com 949 (0,01%); Croácia, com 919 (0,02%); Romênia, com 5.464 (0,02%); e Estônia, com 455 (0,03%). Os dados são do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e do Banco Mundial. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo o porta-voz do poder Executivo da União Europeia, "prosseguem contatos intensos com os Estados-membros", e houve "discussões construtivas" em uma reunião com embaixadores na última segunda (7). Ainda assim, o impasse permanece.
"Os Estados devem agora mostrar solidariedade concreta, e as pessoas a bordo devem ser desembarcadas em segurança e sem mais atrasos", declarou a Comissão Europeia. Fontes que acompanham as tratativas disseram que ao menos 10 países se ofereceram para acolher os 49 migrantes, desde que o desembarque seja em Malta.
A lista incluiria Alemanha, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Romênia, mas a relação oficial não foi divulgada. O governo maltês, por sua vez, exige que as negociações envolvam outros 249 migrantes resgatados pela sua Guarda Costeira nos últimos dias.
O navio da Sea Watch carrega 32 migrantes salvos no último dia 22 de dezembro, enquanto a embarcação da Sea Eye resgatou 17 pessoas em 29 do mesmo mês. Pelas normas internacionais, pessoas tiradas do mar devem ser levadas para o porto seguro mais próximo, tarefa que recairia sobre Itália ou Malta, já que as entidades julgam que a Líbia, onde foram feitas as operações de socorro, não oferece condições mínimas de segurança.
Em entrevista à ANSA, um dirigente da Sea Eye, Gorden Isler, afirmou que as negociações são "indignas". "Passa a impressão que há uma mesa de pôquer sobre o destino das pessoas", declarou.
Números - Atualmente, o Estado-membro da UE que mais acolhe refugiados e solicitantes de refúgio em relação a sua população é a Suécia, com 292.608 (2,92% de seu total de habitantes). Em seguida aparecem Malta, com 9.378 (2,03%); Áustria, com 171.567 (1,95%); Chipre, com 15.063 (1,69%); e Alemanha, com 1.399.669 (1,69%).
A Itália é o 11º, com 353.983 (0,58%), atrás de Grécia, com 83.220 (0,77%); Dinamarca, com 39.937 (0,69%); Holanda, com 109.678 (0,64%), Luxemburgo, com 3.541 (0,59%); e França, com 400.304 (0,59%).
Já os que menos acolhem são Portugal, com 1.668 (0,01%); Eslováquia, com 949 (0,01%); Croácia, com 919 (0,02%); Romênia, com 5.464 (0,02%); e Estônia, com 455 (0,03%). Os dados são do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e do Banco Mundial. (ANSA)
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