Parlamento obriga May a ter 'plano B' para Brexit
LONDRES, 09 JAN (ANSA) - O Parlamento do Reino Unido impôs nesta quarta-feira (9) uma derrota à primeira-ministra Theresa May, ao aprovar uma emenda que obriga o governo a apresentar um "plano B" caso o acordo do Brexit seja rejeitado.
O texto é de autoria do deputado conservador Dominic Grieve e foi chancelado na Câmara dos Comuns por um placar de 308 a 297, dando já um indício do que pode ser a votação sobre o tratado para a saída da União Europeia.
Caso o acordo seja rejeitado, a emenda obriga o governo a apresentar ao Parlamento em "três dias úteis" propostas alternativas a uma ruptura sem consenso. A União Europeia, por sua vez, já negou qualquer possibilidade de renegociar o Brexit.
A hipótese mais ventilada é que, em caso de derrota, May buscará um divórcio "mais suave", mantendo o Reino Unido no mercado único e na união aduaneira. Essa hipótese é rechaçada pela ala mais radical do Partido Conservador e também não agrada à UE.
A votação do Brexit estava marcada para dezembro, mas o gabinete da primeira-ministra pediu o adiamento em função da perspectiva de uma derrota. A nova data foi fixada em 15 de janeiro.
Backstop - O principal entrave diz respeito ao "backstop", mecanismo que prevê a manutenção de uma fronteira aberta entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, membro da UE, caso os dois lados demorem a aprovar um futuro tratado comercial.
Críticos do acordo cobram garantias explícitas de Bruxelas de que o "backstop" não será permanente, o que comportaria a criação de uma espécie de fronteira entre a Irlanda do Norte e o restante do Reino Unido. A Comissão Europeia e o governo May, por sua vez, garantem que fecharão um acordo comercial até 31 de dezembro de 2020, quando terminará o período de transição. Se o acordo for rejeitado pelo Parlamento, o rompimento será abrupto e ocorrerá em 29 de março de 2019, o que poderia abrir uma crise de abastecimento no Reino Unido.
A premier já sobreviveu a uma moção de desconfiança dentro de sua própria legenda, o Partido Conservador, e tentou reabrir as negociações com Bruxelas, mas sem sucesso. O Parlamento Europeu também terá de votar o acordo. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O texto é de autoria do deputado conservador Dominic Grieve e foi chancelado na Câmara dos Comuns por um placar de 308 a 297, dando já um indício do que pode ser a votação sobre o tratado para a saída da União Europeia.
Caso o acordo seja rejeitado, a emenda obriga o governo a apresentar ao Parlamento em "três dias úteis" propostas alternativas a uma ruptura sem consenso. A União Europeia, por sua vez, já negou qualquer possibilidade de renegociar o Brexit.
A hipótese mais ventilada é que, em caso de derrota, May buscará um divórcio "mais suave", mantendo o Reino Unido no mercado único e na união aduaneira. Essa hipótese é rechaçada pela ala mais radical do Partido Conservador e também não agrada à UE.
A votação do Brexit estava marcada para dezembro, mas o gabinete da primeira-ministra pediu o adiamento em função da perspectiva de uma derrota. A nova data foi fixada em 15 de janeiro.
Backstop - O principal entrave diz respeito ao "backstop", mecanismo que prevê a manutenção de uma fronteira aberta entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, membro da UE, caso os dois lados demorem a aprovar um futuro tratado comercial.
Críticos do acordo cobram garantias explícitas de Bruxelas de que o "backstop" não será permanente, o que comportaria a criação de uma espécie de fronteira entre a Irlanda do Norte e o restante do Reino Unido. A Comissão Europeia e o governo May, por sua vez, garantem que fecharão um acordo comercial até 31 de dezembro de 2020, quando terminará o período de transição. Se o acordo for rejeitado pelo Parlamento, o rompimento será abrupto e ocorrerá em 29 de março de 2019, o que poderia abrir uma crise de abastecimento no Reino Unido.
A premier já sobreviveu a uma moção de desconfiança dentro de sua própria legenda, o Partido Conservador, e tentou reabrir as negociações com Bruxelas, mas sem sucesso. O Parlamento Europeu também terá de votar o acordo. (ANSA)
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