Crise migratória opõe Salvini e diretor de Sanremo
ROMA, 11 JAN (ANSA) - A crise migratória no Mar Mediterrâneo provocou uma polêmica envolvendo a figura mais poderosa do governo da Itália e o responsável pelo principal concurso musical do país.
O episódio começou quando o diretor artístico do Festival de Sanremo, Claudio Baglioni, foi questionado durante uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (9) sobre o impasse envolvendo os navios das ONGs Sea Watch e Sea Eye.
As embarcações ficaram, respectivamente, 18 e 11 dias bloqueadas no Mediterrâneo, já que nenhum país da União Europeia, inclusive a Itália, queria permitir o desembarque dos 49 migrantes a bordo. "Seria cômico se não fosse trágico. Há milhões de pessoas em movimento, não se pode pensar em resolver o problema evitando o desembarque de 40 ou 50 pessoas. Estamos um pouco em uma farsa", atacou Baglioni.
Em seguida, o diretor do Festival de Sanremo afirmou que as medidas antimigrantes adotadas pelo atual governo "não estão à altura da situação" e que a Itália se tornou um país "rancoroso contra qualquer outro". "Olhamos com suspeita até nossa sombra", disse.
A resposta coube ao ministro do Interior Matteo Salvini, responsável pelas políticas migratórias da Itália e sempre ativo nas redes sociais. "Canta que passa, deixe que de segurança, imigração e terrorismo se ocupe quem tem o dever de fazê-lo", rebateu no Twitter.
A polêmica gerou rumores sobre uma possível pressão para demitir Baglioni, já que o Festival de Sanremo é organizado e transmitido pela emissora pública Rai. O CEO do canal, Fabrizio Salini, no entanto, garantiu que age em "plena colaboração" com o diretor artístico na realização do concurso.
O Festival de Sanremo acontece entre os dias 5 e 9 de fevereiro, no Teatro Ariston. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O episódio começou quando o diretor artístico do Festival de Sanremo, Claudio Baglioni, foi questionado durante uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (9) sobre o impasse envolvendo os navios das ONGs Sea Watch e Sea Eye.
As embarcações ficaram, respectivamente, 18 e 11 dias bloqueadas no Mediterrâneo, já que nenhum país da União Europeia, inclusive a Itália, queria permitir o desembarque dos 49 migrantes a bordo. "Seria cômico se não fosse trágico. Há milhões de pessoas em movimento, não se pode pensar em resolver o problema evitando o desembarque de 40 ou 50 pessoas. Estamos um pouco em uma farsa", atacou Baglioni.
Em seguida, o diretor do Festival de Sanremo afirmou que as medidas antimigrantes adotadas pelo atual governo "não estão à altura da situação" e que a Itália se tornou um país "rancoroso contra qualquer outro". "Olhamos com suspeita até nossa sombra", disse.
A resposta coube ao ministro do Interior Matteo Salvini, responsável pelas políticas migratórias da Itália e sempre ativo nas redes sociais. "Canta que passa, deixe que de segurança, imigração e terrorismo se ocupe quem tem o dever de fazê-lo", rebateu no Twitter.
A polêmica gerou rumores sobre uma possível pressão para demitir Baglioni, já que o Festival de Sanremo é organizado e transmitido pela emissora pública Rai. O CEO do canal, Fabrizio Salini, no entanto, garantiu que age em "plena colaboração" com o diretor artístico na realização do concurso.
O Festival de Sanremo acontece entre os dias 5 e 9 de fevereiro, no Teatro Ariston. (ANSA)
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