Senador italiano é condenado por racismo contra ex-ministra
BERGAMO, 15 JAN (ANSA) - O senador italiano Roberto Calderoli, do partido ultranacionalista Liga, foi condenado nesta segunda-feira (14) a 18 meses de prisão por difamação com agravante racial, ao ter chamado a ex-ministra Cécile Kyenge de "orangotango".
O crime ocorreu em julho de 2013, quando Kyenge, que nasceu na República Democrática de Congo (RDC), mas se naturalizou italiana, chefiava o Ministério da Integração no governo de centro-esquerda de Enrico Letta.
Durante um comício da Liga em Treviglio, norte da Itália, Calderoli, que também é vice-presidente do Senado, disse que não conseguia deixar de "pensar em um orangotango" quando via Kyenge, a primeira e única ministra negra na história da Itália.
"Não lembro palavra por palavra daquilo que disse, mas minha intenção era criticar o governo Letta, até para divertir as pessoas presentes, com tons leves. Nos autos, vejo que nunca usei a palavra 'orangotango', mas sim 'orangotangos', me referindo a todo o governo. Queria dizer que se moviam como elefantes em uma loja de cristal", justificou-se Calderoli em uma audiência em julho passado.
Na época da ofensa, no entanto, o próprio senador havia dito que não tinha "dificuldades para definir como erradas e ofensivas" suas declarações sobre Kyenge. "Vencemos outra vez. O racismo sai caro", escreveu a ex-ministra, hoje eurodeputada, nas redes sociais. Calderoli foi condenado com pena suspensa, ou seja, só irá para a cadeia em caso de reincidência, e ainda cabe recurso.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O crime ocorreu em julho de 2013, quando Kyenge, que nasceu na República Democrática de Congo (RDC), mas se naturalizou italiana, chefiava o Ministério da Integração no governo de centro-esquerda de Enrico Letta.
Durante um comício da Liga em Treviglio, norte da Itália, Calderoli, que também é vice-presidente do Senado, disse que não conseguia deixar de "pensar em um orangotango" quando via Kyenge, a primeira e única ministra negra na história da Itália.
"Não lembro palavra por palavra daquilo que disse, mas minha intenção era criticar o governo Letta, até para divertir as pessoas presentes, com tons leves. Nos autos, vejo que nunca usei a palavra 'orangotango', mas sim 'orangotangos', me referindo a todo o governo. Queria dizer que se moviam como elefantes em uma loja de cristal", justificou-se Calderoli em uma audiência em julho passado.
Na época da ofensa, no entanto, o próprio senador havia dito que não tinha "dificuldades para definir como erradas e ofensivas" suas declarações sobre Kyenge. "Vencemos outra vez. O racismo sai caro", escreveu a ex-ministra, hoje eurodeputada, nas redes sociais. Calderoli foi condenado com pena suspensa, ou seja, só irá para a cadeia em caso de reincidência, e ainda cabe recurso.
(ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.