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Direita italiana defende possível visita de Bolsonaro

17/01/2019 13h47

LUCCA, 17 JAN (ANSA) - Representantes dos partidos Liga, de extrema direita, e Força Itália (FI), de centro-direita, se manifestaram nesta quinta-feira (17) em defesa de uma possível visita do presidente Jair Bolsonaro a Lucca, na Toscana.   

Em entrevista ao programa "Porta a Porta", da emissora Rai, o mandatário brasileiro cogitou a hipótese de viajar à cidade em 8 de maio, quando é celebrado o Dia da Vitória dos Aliados contra o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial.   

O Brasil participou dos combates na Itália e ajudou na libertação do país. Além disso, os avós maternos de Bolsonaro eram de Lucca. Após a entrevista, o prefeito Alessandro Tambellini, do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, disse que Bolsonaro seria recebido com "o devido respeito" em sua cidade, mas ressaltou que não compartilha das "ideias do presidente do Brasil".   

Um dia depois, foi a vez de a direita se manifestar. "O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, é bem-vindo em nossa terra. Farei todo o possível para facilitar sua chegada em nosso país e nossa província. Encontrarei em breve o embaixador brasileiro", disse o senador Massimo Mallegni, do FI, partido de Silvio Berlusconi.   

"Um presidente não-comunista, isso o torna ainda mais bem-vindo", acrescentou. Já o comissário provincial da Liga em Lucca, Andrea Recaldin, afirmou que recebe com "grande entusiasmo" o desejo de Bolsonaro de "visitar a terra dos avós".   

"Se o prefeito de Lucca não o quer, problema dele", declarou.   

A Liga é liderada pelo ministro do Interior Matteo Salvini, que vive uma espécie de "lua de mel" com o governo Bolsonaro, especialmente após a captura de Cesare Battisti, que, no entanto, foi entregue pela Bolívia e teve a extradição decretada por Michel Temer. A Toscana é um tradicional bastião da esquerda na Itália e foi a única região, além de Trentino-Alto Ádige, que permaneceu "vermelha" nas eleições legislativas de 4 de março. Apesar disso, a direita tem conquistado cada vez mais espaço em cidades importantes da região, como Siena. (ANSA)
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