Italiana retrata migrantes naufragados no Mediterrâneo
ROMA 18 JAN (ANSA) - Com um boletim escolar costurado nos bolsos e o sonho de chegar em um mundo novo, assim foi encontrado aquele menino de 14 anos, originário de Mali, morto em um naufrágio no Mediterrâneo. Essa e muitas outras histórias comoveram as redes sociais e foram contadas no novo livro da italiana Cristina Cattaneo, chamado "Náufragos sem rosto".
Médica legista do Labanof (Laboratório de Antropologia e Odontologia Forense) de Milão, a italiana se ocupou nos últimos anos de reconhecer os corpos dos migrantes afogados no mar.
Graças ao seu trabalho e ao desenho do cartunista Makkox, para o jornal italiano "Il Foglio", o menino de 14 anos, sem nome, tornou-se uma presença real e dolorosa para aquelas milhares de pessoas que compartilharam a sua imagem.
Cattaneo sentiu o boletim escolar ao tatear as roupas do menino, como aprendeu a fazer em 2013, quando começou a examinar as vítimas de naufrágios no Mediterrâneo. Os migrantes têm o hábito de costurar seus pertences mais importantes em suas roupas para evitarem perder, ser roubados ou que os traficantes peguem suas coisas.
Nos últimos anos, a médica já encontrou documentos pessoais, sacos com terra da cidade natal, dinheiro e carteirinha de biblioteca. E, então, enfim, o boletim escolar, que carregava o sonho daquele menino de Mali, que viajou cerca de 4 mil quilômetros com o desejo de estudar em um país longe dos conflitos da sua nação. O jovem de 14 anos estava no barco naufragado em 18 de abril de 2015, quando morreram outras mil pessoas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Médica legista do Labanof (Laboratório de Antropologia e Odontologia Forense) de Milão, a italiana se ocupou nos últimos anos de reconhecer os corpos dos migrantes afogados no mar.
Graças ao seu trabalho e ao desenho do cartunista Makkox, para o jornal italiano "Il Foglio", o menino de 14 anos, sem nome, tornou-se uma presença real e dolorosa para aquelas milhares de pessoas que compartilharam a sua imagem.
Cattaneo sentiu o boletim escolar ao tatear as roupas do menino, como aprendeu a fazer em 2013, quando começou a examinar as vítimas de naufrágios no Mediterrâneo. Os migrantes têm o hábito de costurar seus pertences mais importantes em suas roupas para evitarem perder, ser roubados ou que os traficantes peguem suas coisas.
Nos últimos anos, a médica já encontrou documentos pessoais, sacos com terra da cidade natal, dinheiro e carteirinha de biblioteca. E, então, enfim, o boletim escolar, que carregava o sonho daquele menino de Mali, que viajou cerca de 4 mil quilômetros com o desejo de estudar em um país longe dos conflitos da sua nação. O jovem de 14 anos estava no barco naufragado em 18 de abril de 2015, quando morreram outras mil pessoas. (ANSA)
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