China clona macacos portadores de doenças genéticas
ROMA, 24 JAN (ANSA) - Cientistas chineses clonaram cinco macacos geneticamente modificados portadores de doenças, revelou nesta quinta-feira (24) dois artigos publicados no "National Science Review".
A pesquisa tem o objetivo de permitir estudos biomédicos de doenças que até agora eram impossíveis de reproduzir em laboratório, desde a insônia até algumas doenças neurodegenerativas.
Os cinco macacos clonados, que estão sem dormir, são resultados de dois experimentos conduzidos no Instituto de Neurociência (Ion) da Academia Chinesa de Ciências em Xangai. No primeiro, os macacos doadores das células doentes foram modificados e no segundo as células retiradas dos macacos geneticamente modificados foram usadas para clonar macacos portadores do mesmo defeito genético.
Os pesquisadores iniciaram utilizando CRISPR-Cas9 para alterar o DNA de um macaco doador. O CRISPR-Cas9 é a ferramenta de edição de genes derivada de bactérias, que combina sequências repetidas de DNA e uma enzima de corte de DNA.
De embriões modificados, os macacos nasceram com distúrbios até agora impossíveis de reproduzir em animais de laboratório, como insônia, desequilíbrios hormonais ligados a diferentes ritmos de sono, ansiedade, depressão e comportamentos semelhantes aos da esquizofrenia.
"Distúrbios do ritmo circadiano podem levar a muitas doenças humanas, incluindo diabetes mellitus, câncer e doenças neurodegenerativas", observou o coordenador da pesquisa, Hung-Chun Chang. "Desta forma, os macacos que obtivemos podem ser usados para estudar o desenvolvimento dessas doenças e possíveis terapias", acrescentou.
Já no segundo experimento, coordenado por Qiang Sun, células do tecido conjuntivo (fibroblastos) foram retiradas de macacos com distúrbios do sono. Cada uma dessas células adultas foi então transferida para o oócito de outro macaco anteriormente privado de seu núcleo. Sendo assim, como aconteceu na experiência da qual nasceu a ovelha Dolly e os macacos Zhong Zhong e Hua Hua, a célula adulta começou a regredir, dando origem a um embrião. Cada um dos cinco macacos nascidos dessa maneira é o portador da mesma doença que o doador de células foi exposto. O experimento é realizado depois de Zhong Zhong e Hua Hua, os primeiros macacos clonados em 2018 com a técnica da ovelha Dolly. De acordo com os pesquisadores, a expectativa é de que modificar os primatas doentes reduza o número total dos macacos usados em pesquisa em todo o mundo. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A pesquisa tem o objetivo de permitir estudos biomédicos de doenças que até agora eram impossíveis de reproduzir em laboratório, desde a insônia até algumas doenças neurodegenerativas.
Os cinco macacos clonados, que estão sem dormir, são resultados de dois experimentos conduzidos no Instituto de Neurociência (Ion) da Academia Chinesa de Ciências em Xangai. No primeiro, os macacos doadores das células doentes foram modificados e no segundo as células retiradas dos macacos geneticamente modificados foram usadas para clonar macacos portadores do mesmo defeito genético.
Os pesquisadores iniciaram utilizando CRISPR-Cas9 para alterar o DNA de um macaco doador. O CRISPR-Cas9 é a ferramenta de edição de genes derivada de bactérias, que combina sequências repetidas de DNA e uma enzima de corte de DNA.
De embriões modificados, os macacos nasceram com distúrbios até agora impossíveis de reproduzir em animais de laboratório, como insônia, desequilíbrios hormonais ligados a diferentes ritmos de sono, ansiedade, depressão e comportamentos semelhantes aos da esquizofrenia.
"Distúrbios do ritmo circadiano podem levar a muitas doenças humanas, incluindo diabetes mellitus, câncer e doenças neurodegenerativas", observou o coordenador da pesquisa, Hung-Chun Chang. "Desta forma, os macacos que obtivemos podem ser usados para estudar o desenvolvimento dessas doenças e possíveis terapias", acrescentou.
Já no segundo experimento, coordenado por Qiang Sun, células do tecido conjuntivo (fibroblastos) foram retiradas de macacos com distúrbios do sono. Cada uma dessas células adultas foi então transferida para o oócito de outro macaco anteriormente privado de seu núcleo. Sendo assim, como aconteceu na experiência da qual nasceu a ovelha Dolly e os macacos Zhong Zhong e Hua Hua, a célula adulta começou a regredir, dando origem a um embrião. Cada um dos cinco macacos nascidos dessa maneira é o portador da mesma doença que o doador de células foi exposto. O experimento é realizado depois de Zhong Zhong e Hua Hua, os primeiros macacos clonados em 2018 com a técnica da ovelha Dolly. De acordo com os pesquisadores, a expectativa é de que modificar os primatas doentes reduza o número total dos macacos usados em pesquisa em todo o mundo. (ANSA)
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