Dividido, governo italiano se recusa a reconhecer Guaidó
ROMA, 1 FEV (ANSA) - O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, criticou a Itália por não reconhece-lo como líder do país. O deputado opositor pediu que Roma "faça a coisa certa" para evitar uma tragédia e novas mortes na nação sul-americana. "Pedimos que a Itália faça a coisa certa porque os dias estão passando e as vidas, perdidas", afirmou Guaidó, em entrevista ao programa de televisão italiano TG2.
"[O presidente Nicolás] Maduro perdeu o controle do país e a população está sofrendo. Ao todo, 70 jovens foram assassinados em uma semana pela FAES, as forças especiais de polícia, e 700 pessoas estão presas, sendo 80 menores de idade, crianças", disse Guaidó.
O venezuelano também alfinetou o governo italiano, dizendo que "evidentemente, há um escasso conhecimento do que está ocorrendo" no país. "Convido o vice-secretário de Relações Exteriores a se informar.... Não é possível uma outra Líbia aqui", disse Guaidó, rebatendo as palavras de Manlio Di Stefano que, ontem, confirmou que a Itália não reconhecia o deputado como presidente, além de pedir para que seja evitado "o mesmo erro na Líbia", onde há dois governos.
Manlio Di Stefano é membro do partido Movimento 5 Estrelas (M5S), o mesmo do vice-premier Luigi di Maio. Logo após a entrevista de Guaidó à imprensa italiana, Di Maio se pronunciou.
"As mudanças precisam ser decididas pelos venezuelanos. Nós tomamos partido da paz e da democracia, então não devemos cria pretextos para favorecer novas eleições", afirmou o vice-premier. "Não queremos chegar ao ponto de reconhecer sujeitos que não foram eleitos. Por isso, não reconhecemos nem Maduro, e a Itália continua procurando a via diplomática e a mediação com todos os Estados para um processo que convoque novas eleições, mas sem ultimato, sem reconhecer sujeitos que não foram eleitos", garantiu.
A Itália está relativamente isolada com essa posição em relação à Venezuela. Alemanha, França e Reino Unido, assim como a União Europeia e o Parlamento Europeu, decidiram declarar apoio a Guaidó e deram um ultimato para que o presidente Nicolás Maduro convoque novas eleições. A oposição italiana, porém, tem criticado o governo por isso.
Existe até um certo racha dentro do próprio governo, uma vez que o também vice-premier e ministro do Interior, Matteo Salvini, da Liga Norte, que disse que, quanto antes "Maduro caísse, melhor".
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"[O presidente Nicolás] Maduro perdeu o controle do país e a população está sofrendo. Ao todo, 70 jovens foram assassinados em uma semana pela FAES, as forças especiais de polícia, e 700 pessoas estão presas, sendo 80 menores de idade, crianças", disse Guaidó.
O venezuelano também alfinetou o governo italiano, dizendo que "evidentemente, há um escasso conhecimento do que está ocorrendo" no país. "Convido o vice-secretário de Relações Exteriores a se informar.... Não é possível uma outra Líbia aqui", disse Guaidó, rebatendo as palavras de Manlio Di Stefano que, ontem, confirmou que a Itália não reconhecia o deputado como presidente, além de pedir para que seja evitado "o mesmo erro na Líbia", onde há dois governos.
Manlio Di Stefano é membro do partido Movimento 5 Estrelas (M5S), o mesmo do vice-premier Luigi di Maio. Logo após a entrevista de Guaidó à imprensa italiana, Di Maio se pronunciou.
"As mudanças precisam ser decididas pelos venezuelanos. Nós tomamos partido da paz e da democracia, então não devemos cria pretextos para favorecer novas eleições", afirmou o vice-premier. "Não queremos chegar ao ponto de reconhecer sujeitos que não foram eleitos. Por isso, não reconhecemos nem Maduro, e a Itália continua procurando a via diplomática e a mediação com todos os Estados para um processo que convoque novas eleições, mas sem ultimato, sem reconhecer sujeitos que não foram eleitos", garantiu.
A Itália está relativamente isolada com essa posição em relação à Venezuela. Alemanha, França e Reino Unido, assim como a União Europeia e o Parlamento Europeu, decidiram declarar apoio a Guaidó e deram um ultimato para que o presidente Nicolás Maduro convoque novas eleições. A oposição italiana, porém, tem criticado o governo por isso.
Existe até um certo racha dentro do próprio governo, uma vez que o também vice-premier e ministro do Interior, Matteo Salvini, da Liga Norte, que disse que, quanto antes "Maduro caísse, melhor".
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