Corte adia julgamento de Berlusconi para depois de eleições
BARI, 04 FEV (ANSA) - O Tribunal de Bari adiou para depois das eleições europeias o início do processo contra o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi por manipulação de testemunha.
Após ter recuperado seus direitos políticos, o ex-premier será candidato a deputado do Parlamento Europeu no pleito do próximo dia 26 de maio, e a defesa decidiu pedir o adiamento do julgamento por causa de seus compromissos políticos.
A solicitação foi acolhida pela juíza Flora Cistulli, que fixou o início do processo para 17 de junho de 2019. "O julgamento deve ocorrer sobretudo de acordo com as exigências da defesa, e a acusação já deu provas de compreensão sobre a relação entre sujeito, atividade política e seu papel como líder do Força Itália [partido de Berlusconi]", disse um dos advogados de defesa, Francesco Paolo Sisto.
Segundo a acusação, Berlusconi forneceu ao empresário Gianpaolo Tarantini advogados, trabalho e centenas de milhares de euros em dinheiro para que mentisse aos procuradores de Bari que investigavam sobre as prostitutas levadas às suas residências entre 2008 e 2009, quando ele era primeiro-ministro.
As supostas propinas teriam sido pagas por meio do jornalista Valter Lavitola, ex-braço-direito de Berlusconi. Tarantini aliciava garotas de programa para as festas do ex-premier e já foi condenado por favorecimento à prostituição em suas noitadas, apelidadas de "bunga-bunga".
Já condenado em última instância por fraude fiscal, o ex-primeiro-ministro é réu por corrupção de testemunhas em processos que correm nos tribunais de Siena e Roma. Além disso, foi denunciado pelo mesmo crime em Turim.
Os casos, chamados "Ruby ter", dizem respeito a supostos subornos a garotas de programa durante o inquérito Ruby, no qual Berlusconi acabou absolvido pela Suprema Corte dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder.
O ex-premier também é investigado no "Ruby ter" em Pescara, Treviso, Monza e Milão e pode ser alvo de novas denúncias. Os investigadores acreditam que Berlusconi tenha gastado mais de 10 milhões de euros entre 2010 e 2014 para manipular testemunhas.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Após ter recuperado seus direitos políticos, o ex-premier será candidato a deputado do Parlamento Europeu no pleito do próximo dia 26 de maio, e a defesa decidiu pedir o adiamento do julgamento por causa de seus compromissos políticos.
A solicitação foi acolhida pela juíza Flora Cistulli, que fixou o início do processo para 17 de junho de 2019. "O julgamento deve ocorrer sobretudo de acordo com as exigências da defesa, e a acusação já deu provas de compreensão sobre a relação entre sujeito, atividade política e seu papel como líder do Força Itália [partido de Berlusconi]", disse um dos advogados de defesa, Francesco Paolo Sisto.
Segundo a acusação, Berlusconi forneceu ao empresário Gianpaolo Tarantini advogados, trabalho e centenas de milhares de euros em dinheiro para que mentisse aos procuradores de Bari que investigavam sobre as prostitutas levadas às suas residências entre 2008 e 2009, quando ele era primeiro-ministro.
As supostas propinas teriam sido pagas por meio do jornalista Valter Lavitola, ex-braço-direito de Berlusconi. Tarantini aliciava garotas de programa para as festas do ex-premier e já foi condenado por favorecimento à prostituição em suas noitadas, apelidadas de "bunga-bunga".
Já condenado em última instância por fraude fiscal, o ex-primeiro-ministro é réu por corrupção de testemunhas em processos que correm nos tribunais de Siena e Roma. Além disso, foi denunciado pelo mesmo crime em Turim.
Os casos, chamados "Ruby ter", dizem respeito a supostos subornos a garotas de programa durante o inquérito Ruby, no qual Berlusconi acabou absolvido pela Suprema Corte dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder.
O ex-premier também é investigado no "Ruby ter" em Pescara, Treviso, Monza e Milão e pode ser alvo de novas denúncias. Os investigadores acreditam que Berlusconi tenha gastado mais de 10 milhões de euros entre 2010 e 2014 para manipular testemunhas.
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