Países europeus reconhecem Juan Guaidó como presidente da Venezuela

Após o ultimato dado ao regime de Nicolás Maduro, Áustria, Espanha, França, Reino Unido e Suécia reconheceram nesta segunda-feira (4) Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Os cinco países, assim como a Alemanha, haviam dado até o último domingo (3) para Maduro convocar novas eleições presidenciais, sob ameaça de apoiar formalmente o mandatário da Assembleia Nacional.
Como o líder chavista não aceitou o ultimato, Viena, Madri, Paris, Estocolmo e Londres se juntaram a Estados Unidos, Canadá, Brasil e a maior parte dos países das Américas.
"Nas próximas horas, entrarei em contato com os governos europeus e latino-americanos que queiram se unir [ao reconhecimento]. Guaidó deve convocar eleições livres o mais rápido possível, para que o povo da Venezuela possa decidir o próprio futuro", disse o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.
Já o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, afirmou que Guaidó tem "legitimidade para organizar eleições" e que o povo venezuelano "quer mudança". "Não se trata de ingerência, a partir do momento no qual o país está em crise e em que há um apelo ao presidente Guaidó para restabelecer a democracia", reforçou.
Por sua vez, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, disse esperar que o reconhecimento ao autoproclamado presidente "nos deixe mais perto do fim dessa crise humanitária".
Guaidó, na qualidade de mandatário da Assembleia Nacional, reivindicou a Presidência da Venezuela no último dia 23 de janeiro, alegando que o segundo mandato de Maduro, iniciado uma semana antes, é ilegítimo e que o cargo estava vago.
A Assembleia Nacional é dominada pela oposição e teve seus poderes esvaziados pela criação da Assembleia Nacional Constituinte, em 2017, em um processo eleitoral contestado pela comunidade internacional. Cada vez mais isolado, Maduro ainda conta com o apoio de Rússia, China e Turquia.
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