Presidente da Itália cobra governo sobre crise na Venezuela
ROMA, 04 FEV (ANSA) - No mesmo dia em que ao menos nove membros da União Europeia reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, o chefe de Estado da Itália, Sergio Mattarella, cobrou do governo de seu país um posicionamento claro sobre a crise na nação latino-americana.
A disputa entre Guaidó e Nicolás Maduro dividiu o governo italiano, que é fruto de uma aliança entre o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga.
Enquanto o primeiro criticou o apoio internacional a Guaidó e denunciou o risco de se repetir o cenário da Líbia, que vive fragmentada desde a queda de Kadafi, a segunda não considera mais Maduro como presidente e defende sua saída do poder.
"Não pode haver incerteza nem hesitação na escolha entre a vontade popular e o pedido por democracia autêntica, de um lado, e a violência e o sofrimento da população civil, do outro", declarou o presidente da Itália, pedindo "responsabilidade e clareza" e a adesão de Roma a uma linha compartilhada por outros países europeus.
A Itália é a única entre as principais potências da UE que não reconheceu Guaidó como presidente da Venezuela, justamente por causa da divergência de opiniões dentro do governo, que vem sendo pressionado de forma quase unânime pela oposição a se posicionar contra Maduro.
"Sinto embaraço e vergonha pela posição italiana. Chega de ditadura Maduro", escreveu no Twitter o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, hoje senador. A Itália já até barrou uma resolução da União Europeia que reconheceria indiretamente Guaidó como presidente interino.
A Venezuela abriga uma grande comunidade italiana e ítalo-descendente, o que torna a condenação a Maduro em algo suprapartidário no país europeu - o presidente Mattarella é egresso da Democracia Cristã e ex-membro do Partido Democrático (PD), principal legenda de centro-esquerda na Itália.
"A situação da Venezuela é particularmente relevante para a Itália porque seus laços são estreitíssimos, pelos tantos italianos que vivem na Venezuela e pelos muitos venezuelanos de origem italiana", concluiu o chefe de Estado.
Até o momento, nove países europeus reconheceram a legitimidade de Guaidó: Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Lituânia, Reino Unido e Suécia. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A disputa entre Guaidó e Nicolás Maduro dividiu o governo italiano, que é fruto de uma aliança entre o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga.
Enquanto o primeiro criticou o apoio internacional a Guaidó e denunciou o risco de se repetir o cenário da Líbia, que vive fragmentada desde a queda de Kadafi, a segunda não considera mais Maduro como presidente e defende sua saída do poder.
"Não pode haver incerteza nem hesitação na escolha entre a vontade popular e o pedido por democracia autêntica, de um lado, e a violência e o sofrimento da população civil, do outro", declarou o presidente da Itália, pedindo "responsabilidade e clareza" e a adesão de Roma a uma linha compartilhada por outros países europeus.
A Itália é a única entre as principais potências da UE que não reconheceu Guaidó como presidente da Venezuela, justamente por causa da divergência de opiniões dentro do governo, que vem sendo pressionado de forma quase unânime pela oposição a se posicionar contra Maduro.
"Sinto embaraço e vergonha pela posição italiana. Chega de ditadura Maduro", escreveu no Twitter o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, hoje senador. A Itália já até barrou uma resolução da União Europeia que reconheceria indiretamente Guaidó como presidente interino.
A Venezuela abriga uma grande comunidade italiana e ítalo-descendente, o que torna a condenação a Maduro em algo suprapartidário no país europeu - o presidente Mattarella é egresso da Democracia Cristã e ex-membro do Partido Democrático (PD), principal legenda de centro-esquerda na Itália.
"A situação da Venezuela é particularmente relevante para a Itália porque seus laços são estreitíssimos, pelos tantos italianos que vivem na Venezuela e pelos muitos venezuelanos de origem italiana", concluiu o chefe de Estado.
Até o momento, nove países europeus reconheceram a legitimidade de Guaidó: Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Lituânia, Reino Unido e Suécia. (ANSA)
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