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MP denuncia 25 por avalanche em hotel na Itália

06/02/2019 11h33

PESCARA, 06 FEV (ANSA) - O Ministério Público de Pescara denunciou nesta quarta-feira (6) 24 pessoas e uma empresa no inquérito sobre a avalanche que destruiu o Hotel Rigopiano, em Farindola, centro da Itália, em 18 de janeiro de 2017. A tragédia deixou 29 mortos.   

Entre os denunciados estão o prefeito de Farindola, Ilario Lacchetta, e os ex-chefes da Província de Pescara Antonio Di Marco e Francesco Provolo, além de outros dirigentes provinciais e regionais.   

Os 25 sujeitos podem responder por desastre culposo, lesões culposas, homicídios culposos, falsidade ideológica, construção abusiva e abuso de poder, além de diversos delitos ambientais.   

O Ministério Público atribui a essas pessoas a construção de um hotel em uma zona de elevado risco de avalanche, perigo que não levantou objeções por parte de órgãos municipais e regionais.   

Além disso, os procuradores dizem que o Rigopiano devia permanecer fechado no inverno.   

O hotel ficava na cidade de Farindola, na Cordilheira dos Apeninos, e foi completamente destruído. Os hóspedes e funcionários que faleceram na avalanche estavam apenas aguardando o envio de um caminhão limpa-neve para ir embora, após uma série de terremotos na região.   

O processo também deve investigar por que não foi feito um mapa de risco de avalanches e possíveis atrasos na ativação do resgate. A operação de socorro dos hóspedes e funcionários do Rigopiano só teve início às 10h de 18 de janeiro, cerca de oito horas antes da avalanche - no momento do deslizamento, as vítimas estavam no saguão do hotel.   

Cabe agora ao Tribunal de Pescara decidir se aceita ou não a denúncia do Ministério Público. Confira abaixo a lista completa dos outros 22 denunciados: - Carlo Visca, diretor do Departamento de Proteção Civil entre 2009 e 2012.   

- Vincenzo Antenucci, dirigente do Serviço de Prevenção de Riscos entre 2001 e 2013.   

- Enrico Colangeli, técnico da Prefeitura de Farindola.   

- Bruno Di Tommaso, administrador do hotel e responsável pela empresa Gran Sasso Resort & Spa, dona do Rigopiano.   

- Paolo D'Incecco, Ida De Cesaris e Mauro Di Blasio, dirigentes da Província de Pescara.   

- Leonardo Bianco, ex-chefe de gabinete da Província de Pescara.   

- Pierluigi Caputi, diretor de Obras Públicas da região de Abruzzo até 2014.   

- Marco Paolo Del Rosso, empreendedor que pediu autorização para construir o hotel.   

- Carlo Giovani, dirigente da Proteção Civil.   

- Massimiliano Giancaterino e Antonio De Vico, ex-prefeitos de Farindola.   

- Luciano Sbaraglia, geólogo.   

- Antonio Sorgi, diretor da Direção Nacional de Parques de Abruzzo.   

- Giuseppe Gatto, redator de um relatório técnico sobre o pedido de socorro feito pelo Rigopiano.   

- Andrea Marrone, consultor encarregado por Di Tommaso de adequar o hotel às normas de prevenção de infortúnios.   

- Emidio Rocco Primavera, diretor do Departamento de Obras Públicas.   

- Giulio Honorati, comandante da Polícia Provincial de Pescara.   

- Tino Chiappino, técnico da Província de Pescara.   

- Sabatino Belmaggio, responsável pelo serviço de prevenção de avalanches até 2016.   

- A empresa Gran Sasso Resort & Spa. (ANSA)
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