Trump usa discurso para defender muro e criticar inquéritos
WASHINGTON, 06 FEV (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou seu aguardado discurso sobre o Estado da União, na noite desta terça-feira (5), para defender a construção do muro na fronteira com o México e criticar as investigações contra aliados no âmbito do "caso Rússia".
Falando em sessão conjunta do Congresso por 82 minutos, o republicano listou os principais resultados de seu governo e também apresentou suas metas para os próximos anos, como a erradicação da transmissão do vírus HIV e a retirada das tropas americanas da Síria e do Afeganistão.
"O muro com o México será construído", reiterou Trump, abordando o tema que paralisou o governo por mais de um mês devido à sua recusa em sancionar qualquer orçamento que não previsse US$ 5,7 bilhões para a obra. O financiamento da administração federal acabará em 15 de fevereiro, e o presidente terá de voltar a negociar com o Congresso para evitar um novo shutdown.
"Será um muro de aço inteligente, estratégico e que permite ver do outro lado, não apenas um muro de cimento", acrescentou.
Segundo Trump, o país está perante uma "emergência nacional, com caravanas de pessoas" rumo à fronteira. "Uma terrível onda está a caminho", disse, levantando risadas irônicas dos democratas.
Rússia - Com diversos aliados investigados por suspeita de conluio com a Rússia nas eleições de 2016, Trump disse que é hora de acabar com "guerras estúpidas e inquéritos ridículos".
"Apenas essas coisas podem parar a força da economia americana", declarou, já se antecipando à desaceleração prevista por analistas.
"Devemos estar unidos em casa para derrotar os inimigos no exterior", salientou, acrescentando que o país possui um "potencial ilimitado" e que ele deseja "trabalhar com o novo Congresso", no qual a Câmara é dominada pela oposição democrata.
"Podemos escolher entre a grandeza e o impasse político, entre resultado ou resistência, visão de futuro ou vingança, progresso incrível ou destruição sem sentido. Nesta noite, peço que vocês escolham a grandeza", disse.
Política externa - Em seu discurso, Trump defendeu o projeto de retirar as tropas americanas do Afeganistão e da Síria, alegando que "os grandes países não devem mais combater em guerras sem fim".
Washington está em negociações com o grupo fundamentalista islâmico Talibã para um acordo de paz. Por outro lado, prometeu manter a linha dura com o Irã. "Não tirarei o olhar de um regime que canta 'morte à América' e ameaça com o genocídio do povo judeu", declarou.
Também esperava-se que o presidente desse destaque à crise na Venezuela, mas o país foi mencionado apenas de passagem em seu discurso, para dizer que os EUA "nunca serão um estado socialista".
Mulheres - Um dos raros momentos de apoio bipartidário ocorreu quando Trump elogiou a crescente presença feminina na política e no mercado de trabalho, parabenizando especialmente as mulheres eleitas em novembro passado.
Até mesmo a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, aplaudiu calorosamente esse trecho do discurso. Muitas congressistas vestiam branco para protestar pelos direitos das mulheres.
Trump ainda pediu para democratas e republicanos se unirem para erradicar a transmissão do vírus da Aids em 10 anos. "Juntos, o derrotaremos na América e em qualquer lugar", garantiu. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Falando em sessão conjunta do Congresso por 82 minutos, o republicano listou os principais resultados de seu governo e também apresentou suas metas para os próximos anos, como a erradicação da transmissão do vírus HIV e a retirada das tropas americanas da Síria e do Afeganistão.
"O muro com o México será construído", reiterou Trump, abordando o tema que paralisou o governo por mais de um mês devido à sua recusa em sancionar qualquer orçamento que não previsse US$ 5,7 bilhões para a obra. O financiamento da administração federal acabará em 15 de fevereiro, e o presidente terá de voltar a negociar com o Congresso para evitar um novo shutdown.
"Será um muro de aço inteligente, estratégico e que permite ver do outro lado, não apenas um muro de cimento", acrescentou.
Segundo Trump, o país está perante uma "emergência nacional, com caravanas de pessoas" rumo à fronteira. "Uma terrível onda está a caminho", disse, levantando risadas irônicas dos democratas.
Rússia - Com diversos aliados investigados por suspeita de conluio com a Rússia nas eleições de 2016, Trump disse que é hora de acabar com "guerras estúpidas e inquéritos ridículos".
"Apenas essas coisas podem parar a força da economia americana", declarou, já se antecipando à desaceleração prevista por analistas.
"Devemos estar unidos em casa para derrotar os inimigos no exterior", salientou, acrescentando que o país possui um "potencial ilimitado" e que ele deseja "trabalhar com o novo Congresso", no qual a Câmara é dominada pela oposição democrata.
"Podemos escolher entre a grandeza e o impasse político, entre resultado ou resistência, visão de futuro ou vingança, progresso incrível ou destruição sem sentido. Nesta noite, peço que vocês escolham a grandeza", disse.
Política externa - Em seu discurso, Trump defendeu o projeto de retirar as tropas americanas do Afeganistão e da Síria, alegando que "os grandes países não devem mais combater em guerras sem fim".
Washington está em negociações com o grupo fundamentalista islâmico Talibã para um acordo de paz. Por outro lado, prometeu manter a linha dura com o Irã. "Não tirarei o olhar de um regime que canta 'morte à América' e ameaça com o genocídio do povo judeu", declarou.
Também esperava-se que o presidente desse destaque à crise na Venezuela, mas o país foi mencionado apenas de passagem em seu discurso, para dizer que os EUA "nunca serão um estado socialista".
Mulheres - Um dos raros momentos de apoio bipartidário ocorreu quando Trump elogiou a crescente presença feminina na política e no mercado de trabalho, parabenizando especialmente as mulheres eleitas em novembro passado.
Até mesmo a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, aplaudiu calorosamente esse trecho do discurso. Muitas congressistas vestiam branco para protestar pelos direitos das mulheres.
Trump ainda pediu para democratas e republicanos se unirem para erradicar a transmissão do vírus da Aids em 10 anos. "Juntos, o derrotaremos na América e em qualquer lugar", garantiu. (ANSA)
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