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Ministro quer impedir retorno de britânica que se uniu ao EI

15/02/2019 19h58

ROMA, 5 FEV (ANSA) - O ministro do Interior britânico, Sajid Javid, disse que não hesitará em impedir o retorno de cidadãos que "apoiaram organizações terroristas no exterior" ao Reino Unido. A declaração faz referência ao caso de uma jovem estudante que, em 2015, ingressou no grupo jihadista Estado Islâmico na Síria e agora quer retornar ao seu país. A informação foi revelada nesta sexta-feira (15) pelo jornal britânico "The Times", após Shamima Begum, de 19 anos, contar que está grávida de nove meses e afirmar que quer voltar para casa por causa do bebê. Begum é uma das três estudantes que fugiu do leste de Londres para se juntar ao Estado Islâmico na Síria. Na época, com 15 anos, ela era fascinada pelos jihadistas, o que levou a adolescente a procurar um marido dedicado "a causa". Durante entrevista ao "The Times", ela revelou ter tido outros dois filhos que morreram. Além disso, Begum contou como uma de suas duas amigas morreu em um ataque a bomba. No entanto, não há informações sobre a terceira garota. A britânica ainda relatou que, durante este período em que está na Síria, presenciou "cabeças decapitadas em latas de lixo", mas isso "não a abalou". O pedido da jovem para retornar ao Reino Unido tem sido rejeitado pelo governo, que já deixou claro que não quer ajudar "simpatizantes de terroristas". No entanto, alguns advogados britânicos, citados pela imprensa local, acreditam que nenhum ministro pode impedir o retorno da menina. (ANSA)
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