Topo

Porta-voz minimiza fechamento de fronteira Brasil-Venezuela

21/02/2019 19h25

SÃO PAULO, 21 FEV (ANSA) - O porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, afirmou que as operações para entregar ajuda humanitária à Venezuela no próximo sábado (23) continuam normalmente, apesar da decisão de Nicolás Maduro de fechar a fronteira a partir das 21h (horário de Brasília) desta quinta-feira (21).   

"O cuidado brasileiro com nossos irmãos venezuelanos continua com a Operação Acolhida. Prossegue o planejamento da operação humanitária mediante oferta de alimentos e remédios a partir do próximo dia 23", disse Rêgo Barros.   

Segundo o porta-voz, os meios disponibilizados pelo Governo Federal já iniciaram seu deslocamento para Roraima, que faz fronteira com a Venezuela. Questionado sobre o risco de tensão na região por causa do fechamento da divisa, ele destacou que a situação em Pacaraima é de "normalidade".   

"O intuito do Estado brasileiro, por meio de suas Forças Armadas e agências, é acolher os irmãos venezuelanos. O governo brasileiro não identifica neste momento possibilidade de fricção na região. O ponto focal é a ajuda humanitária", garantiu.   

Rêgo Barros também confirmou que o vice-presidente Hamilton Mourão participará de uma reunião do Grupo de Lima na Colômbia, em 25 de fevereiro, para discutir a questão venezuelana.   

Um ex-general amigo de Hugo Chávez, Hugo Carvajal Barrios, fez um apelo nesta quinta para as Forças Armadas permitirem a entrada de ajuda humanitária internacional. "Como, tendo o poder de deixar entrar ajuda humanitária em nosso país para salvar vidas, vocês poderiam decidir não fazê-lo?", questionou.   

Show - Mais de 30 artistas já confirmaram presença no "Venezuela Live Aid", show promovido pelo bilionário britânico Richard Branson para coletar fundos para o povo venezuelano.   

O espetáculo acontecerá nesta sexta (22), no lado colombiano da ponte Las Tienditas, que está bloqueada com caminhões e contêineres enviados por Maduro. O local já acumula 400 toneladas de equipamentos e pode receber até 500 mil pessoas.   

Entre os artistas confirmados estão nomes célebres da música latina, como o espanhol Alejandro Sanz, o porto-riquenho Luis Fonsi e o grupo mexicano Maná. O megashow deve durar cinco horas, das 11h às 16h (horário local).   

Em resposta, o governo Maduro deve promover um "contraconcerto" do lado venezuelano da ponte, com o nome "Hands Off Venezuela" ("Tire as mãos da Venezuela", em tradução livre). (ANSA)
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.